Duas décadas de informação condensadas em poucos minutos: é este o resultado do mais recente projeto educativo da NASA, um mapa mundo dinâmico que mostra o impacto das alterações climáticas.

A animação divulgada pelo Independent mostra a evolução preocupante do degelo das calotes polares, por exemplo, e o aumento de áreas verdes nesses mesmos extremos do planeta — tudo por culpa do aumento das temperaturas. Outro fenómeno que se pode ver é o da evolução dos Oceanos e da vida que eles contêm. As manchas roxas que se podem ver sobrepostas ao azul do mar são chamadas de “desertos biológicos” e representam áreas onde praticamente não existe vida.

“É como se estivéssemos a ver a Terra a respirar, é realmente espantoso”, diz Jeremy Werdell, um oceanógrafo da organização norte-americana que fez parte deste projeto. “É como se todos os meus sentidos fossem transportados para o espaço”, é a forma como o mesmo cientista descreve as informações recolhidas por uns satélites especiais, conhecidos como Sea-viewing Wide Field-of-view Sensor.

Werdell destaca ainda o facto de ser possível ver fenómenos do Hemisfério Norte como a chegada (antes do tempos) da primavera, assim como o início de um outono mais longo do que é normal.

Um projeto deste género não serve apenas para saciar a curiosidade do público geral, mas também poderá ser uma ferramenta importante tanto para a classe política como para o sector das pescas, afirma Jeremy Werdell.

Alex Kekesi, programador informático que trabalha no Goddard Space Flight Center, em Maryland, explicou que foram precisos três meses para concluir este mapa dinâmico.

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