Procurando não só adquirir novos conhecimentos, mas também partilhar abordagens e técnicas, a Ford uniu forças com o Centro de Oncologia Integrada da Universidade de Colónia, na Alemanha, demonstrando que mesmo em áreas tão distintas entre si, como são o fabrico de automóveis e o tratamento do cancro, é possível a partilha de soluções. Demonstra-o a aplicação de técnicas desenvolvidas pela Ford naquela que promete vir a ser a maior instalação de tratamento de cancro na Europa, ao mesmo tempo que a marca da oval passou a utilizar técnicas de big data em uso no hospital, para explorar aqueles que serão os veículos do futuro.

Segundo avança o fabricante norte-americano, tudo começou na fábrica de montagem da Ford em Colónia, cujo director de qualidade, Mike Butler, foi diagnosticado com cancro. Ora esse responsável, ao conhecer o processo de tratamento dos doentes oncológicos, terá visto aí uma oportunidade de introduzir, no hospital, práticas importadas da fábrica onde trabalha, que poderiam ajudar a melhorar o método de funcionamento da unidade hospitalar.

Entre as medidas propostas por uma equipa de funcionários da Ford, ainda em 2008, estavam linhas de cores de paredes e chão, concebidas para garantir que o tratamento seja menos stressante e mais rápido, contribuindo igualmente para que a equipa, pacientes e visitantes se orientem melhor dentro das instalações. A par desta solução, ecrãs de grandes dimensões procuram facilitar a comunicação entre os principais funcionários médicos.

Além disso, a equipa da Ford também propôs salas flexíveis com divisórias amovíveis, em vez de salas e áreas de enfermagem fixas. Medida que, em conjunto com as anteriores, terá contribuído e segundo revela a marca da oval, para uma melhoria de 30% no fluxo de pacientes.

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Técnicas de “big data” para desenvolver os veículos do futuro

Mas não foi só o Centro de Oncologia Integrada de Colónia a beneficiar desta partilha de experiências. Também a Ford acabou por aproveitar a experiência de trabalho em big data que a instituição médica já possuía. Neste caso, para começar a aplicá-la na investigação dos veículos do futuro.

Esta parceria confirma que medicina e indústria automóvel podem dar as mãos, com proveito para ambos os lados

Graças ao aconselhamento dos profissionais de saúde e aos processos que estes usam para conceber e desenvolver abordagens completamente diferentes de combater o cancro, o construtor norte-americano está agora a aplicar esta linha de pensamento “fora da caixa”, em relação aos seus futuros veículos e novas tecnologias.

“Agora, temos um intercâmbio de ideias de que beneficiam os pacientes actuais e poderão ajudar também no modo como nos deslocamos no futuro”, comentou Mike Butler. “Quanto mais trabalharmos em conjunto, mais sinergias vamos encontrar entre o nosso trabalho na Ford e os desafios que se levantam na investigação do cancro.”

“Com a ajuda da Ford, estamos a fazer enormes melhorias, que beneficiarão as vidas e o tratamento de futuros pacientes, nos próximos anos. E esperamos que alguns dos nossos métodos ajudem a Ford a desenvolver a mobilidade do futuro”, afirmou, por seu lado, o director do Centro de Oncologia Integrada, Michael Hallek.

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