O Presidente de Angola, João Lourenço, inicia esta quinta-feira uma visita de Estado à África do Sul, para reforço de cooperação bilateral, como salientou a Presidência da República sul-africana. Na visita de Estado, a primeira de João Lourenço desde que tomou posse em setembro, prevê-se que possa ser assinado um acordo recíproco para supressão de vistos em passaportes ordinários, à semelhança do entendimento assinado na semana passada entre Angola e Moçambique.

As autoridades sul-africanas começaram a informar os postos consulares e de fronteira que os cidadãos angolanos portadores de passaportes ordinários deixam de estar obrigados à emissão de visto prévio para entrar no país a partir de 1 de dezembro.

De acordo com uma circular do Departamento de Assuntos Internos da África do Sul, a medida está prevista no âmbito de um “acordo recíproco” entre os governos sul-africano e angolano, “isentando” cidadãos dos dois países da necessidade de visto, por períodos de até 90 dias por ano. A isenção de vistos aplica-se ainda, de acordo com a mesma circular, para períodos consecutivos até 30 dias, pelo que, para fins de tratamento médico, estudo ou negócios, mantém-se a necessidade, recíproca, de emissão de visto.

A comitiva de João Lourenço, de acordo com a Presidência sul-africana, integra vários ministros e altos funcionários do Governo angolano, bem como uma delegação empresarial, que participará num fórum empresarial para discutir oportunidades de investimento e comércio entre os dois países.

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Angola é um dos principais parceiros comerciais da África do Sul no continente africano. As exportações sul-africanas para Angola atingiram, em 2016, os 8,2 mil milhões de rands (500 milhões de euros), enquanto no sentido inverso a África do Sul comprou 18 mil milhões de rands (1.100 milhões de euros) de petróleo angolano.

A comitiva do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, nesta receção deverá integrar, além do chefe da Diplomacia, outros 10 ministros do Governo da África do Sul.

A primeira visita oficial de João Lourenço, eleito Presidente angolano em agosto, ao exterior do país aconteceu em outubro, com o chefe de Estado a passar a presidência da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), em Brazzaville, ao homólogo da República do Congo.