Quando o escândalo sobre Harvey Weinstein rebentou, os jornais e televisões de todo o mundo só queriam a reação de uma pessoa: Uma Thurman. A atriz, uma das musas do agora produtor caído em desgraça, colaborou com Weinstein em sete filmes, incluindo “Pulp Fiction” e “Kill Bill”.

A reação demorou mas chegou. Esta quinta-feira, a atriz aproveitou o Dia de Ação de Graças e, através de um post no Instagram, fez o seu primeiro comentário oficial sobre as acusações de assédio e abuso sexual iniciadas com Harvey Weinstein. Depois de dar graças “por estar viva, por todos os que ama e todos os que têm a coragem de se chegar a frente por alguém”, Uma Thurman confirmou que também ela foi vítima de assédio sexual.

“Há pouco tempo, eu disse que estava zangada, e tenho algumas razões, #metoo, no caso de não terem reparado pela minha cara”, escreveu Thurman, em referência a uma entrevista em outubro em que disse estar “demasiado zangada para falar”. A hashtag #metoo foi criada no seguimento das acusações a Weinstein e tem sido utilizada pelas vítimas para se associarem ao caso.

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Mas não fica por aqui. A atriz — embora não acuse diretamente Harvey Weinstein de a ter assediado — aponta-lhe fortes acusações quando deseja um “feliz Dia de Ação Graças a toda a gente! Exceto tu, Harvey, e todos os teus conspiradores perversos – ainda bem que está a ir devagar – tu não mereces uma bala”. No final da publicação, Uma Thurman despede-se com “fiquem ligados” e dá a entender que vai falar mais sobre o assunto.

A confirmação oficial de que é uma das vítimas surge então semanas depois dessa entrevista de outubro, em que Uma Thurman disse não ter “nenhum soundbite arrumado, porque eu aprendi, e não sou uma criança. E aprendi que quando falo zangada, normalmente arrependo-me da maneira como me expresso”.