O vulcão Agung, na ilha turística de Bali, na Indonésia, continuava a registar fortes erupções, com uma coluna de cinzas a atingir até quatro quilómetros de altura, obrigando à proibição dos voos, informaram as autoridades indonésias.

O vulcão entrou em erupção por três vezes na manhã de domingo, tendo a mais recente, ocorrida pelas 6h15 (22h15 em Lisboa), expelido a mais elevada coluna de cinzas, até quatro quilómetros de altura, informou Sutopo Purwo Nugroho, porta-voz da agência de gestão de desastres da Indonésia. As cinzas vulcânicas estavam a espalhar-se para leste e sudeste da cratera em direção à vizinha Lombok, na ilha das Flores, especificou.

Os voos sobre o território foram proibidos, dado que o Centro de Vulcanologia e Mitigação de Perigos Geológicos (CVMPG) elevou o alerta para a aviação para o mais alto nível. “O CVMPG elevou o nível de alerta de laranja para vermelho”, disse Sutopo Purwo Nugroho à agência de notícias chinesa Xinhua através de uma mensagem de texto.

O mesmo responsável reiterou ainda a advertência para as pessoas que vivem na zona definida como interdita, ou seja, num raio de sete quilómetros e meio em torno da cratera, insistindo que têm de abandonar imediatamente as suas casas. As autoridades indonésias ordenaram também a distribuição imediata de máscaras, dado que as cinzas vulcânicas continuam a cair em inúmeras aldeias.

Bali é o principal destino turístico da Indonésia, com uma afluência mensal de cerca de 200 mil turistas estrangeiros, segundo dados oficiais. O arquipélago da Indonésia assenta sobre o chamado “Anel de Fogo” do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica que é sacudida por milhares de sismos por ano, a maioria moderados.

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