O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou esta segunda-feira que o Estado vai dispersar 7,5% do capital da Hidroelétrica de Cahora Bassa em bolsa.

O chefe de Estado anunciou a “decisão de abrir a estrutura acionista da HCB para os moçambicanos”, em Tete, durante as celebrações do 10.º aniversário da reversão da hidroelétrica de Portugal para Moçambique.

Através da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), explicou o chefe de Estado moçambicano, serão colocadas à disposição de cidadãos e empresas 7,5% do total das ações das HCB.

“Além do Estado e outros acionistas que já nela se encontram, a HCB passará a ter também como acionistas, cidadãos moçambicanos”, frisou Nyusi, que classifica a medida como “mais um ato de inclusão e transparência”, sem, no entanto, adiantar mais detalhes sobre a operação bolsista.

“Todas as empresas públicas ou geridas pelo Estado devem ser geridas através de princípios de rentabilidade e transparência, sendo capazes de gerar lucros e contribuindo para os cofres do Estado”, acrescentou.

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Dados avançados durante o evento de hoje indicam que a HCB produziu 15 mil gigawatts de energia em 2016, contra 17 mil gigawatts em 2015, devido à seca severa que tem afetado a África Austral.

A empresa prevê fechar o ano de 2017 com uma produção superior a 14 mil gigawatts.

A HCB é detida a 85% pelo Estado moçambicano, depois do acordo de reversão assinado com Portugal, que na altura controlava a barragem.

Situada no rio Zambeze, na província de Tete, centro de Moçambique, a barragem é a maior da África Austral, com construção iniciada em 1969 e operação a partir de 1977.

Além de abastecer o mercado de Moçambique, a HCB fornece energia elétrica a vários países da África Austral.