A economia brasileira deverá crescer 1,9% em 2018 e 2,3% no ano seguinte, estima a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) no seu relatório semestral, divulgado esta terça-feira. “Após oito trimestres de quedas consecutivas, o crescimento [do Brasil] finalmente retornou”, apontou a organização.

A projeção para 2018 ficou acima da estimativa anterior para o mesmo período, que estava em 1,6%. Neste ano espera-se que a economia brasileira registe uma alta de 0,7%. A melhoria das expectativas sobre o Brasil surge num cenário de baixa na taxa de inflação, que desencadeou uma queda das taxas de juro, uma leve recuperação dos empregos no país e a leve recuperação do poder de compra das famílias.

A OCDE também destacou no relatório que os bancos brasileiros estão “bem capitalizados” e esperam suportar os riscos decorrentes das dívidas das empresas. “A recessão profunda e prolongada tem sido um teste de resistência do mundo real para os bancos e não expôs deficiências nas instituições financeiras”, enfatizou o estudo.

Para a OCDE, a política fiscal do Governo brasileiro, marcado por escândalos de corrupção, acompanhou a recuperação, embora tenha que enfrentar o aumento da dívida pública que pode chegar a 74% do PIB e o défice público que deve crescer mais de 9%.

Neste cenário, a organização internacional projetou que reforma no sistema de pagamento de pensões por reforma é um elemento fundamental para garantir a estabilidade das contas públicas do Brasil, embora considere que também serão necessários outros ajustes. A OCDE projetou que a economia global crescerá 3,6% neste ano, 3,7% em 2018 e 3,6% em 2019.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR