O Brasil tinha 1,8 milhões de crianças entre os 5 e os 17 anos a trabalhar em 2016, anunciou esta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo um comunicado do IBGE, mais de metade (54,4%, correspondentes a 998 mil) estavam em situação de trabalho infantil, ou porque tinham entre 5 e 13 anos (190 mil pessoas) ou porque apesar de terem entre 14 e 17 anos não possuíam contrato de trabalho (808 mil), exigido pela legislação brasileira.

“Em média, 81,4% das crianças de 5 a 17 anos ocupadas [que trabalhavam] estavam estudando. A situação de ocupação tende a interferir mais na escolarização das crianças mais velhas: 98,4% das ocupadas de 5 a 13 anos estavam na escola, contra 98,6% das não ocupadas, enquanto no grupo de 14 a 17 anos, 79,5% estudavam, contra 86,1% dos não ocupados”, destaca o documento.

A agricultura ainda era a principal área de atividade das crianças que trabalham com idades entre os 5 e os 13 anos (47,6%).

Já entre os jovens de 14 a 17 anos, a principal atividade era o comércio (27,2%).

Além disso, enquanto 66% do grupo etário de 14 a 17 anos estavam a trabalhar na condição de empregado, 73% das crianças do grupo etário 5 a 13 anos eram trabalhadores familiares auxiliares.

A pesquisa indicou ainda que o rendimento médio de todos os trabalhos dos brasileiros com idade entre os 5 e os 17 anos tinha um rendimento estimado de 514 reais (134 euros).

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