A multiplicação de memes à volta do jogo de abertura do Campeonato do Mundo diz tudo: o Rússia-Arábia Saudita era tudo o que os fãs de futebol não queriam. E percebe-se porquê: políticas e alianças à parte (e muito se vai falar sobre isso, é garantido), falamos das duas piores seleções da prova a nível de ranking FIFA.

Como equipa organizadora, a Rússia, que até apresenta o ranking mais baixo entre todas as seleções que estarão no Mundial (o que mostra bem a queda a pique dos últimos anos), tem muitos olhos sobre si, mas a Taça das Confederações de 2017 expôs a atual realidade: a equipa está longe daquilo a que nos habituou. Vladimir Putin, presidente do país, terá inclusive falado com os responsáveis federativos a propósito da necessidade de fazer boa figura como anfitrião, mas não existem milagres: com uma defesa envelhecida e talentos do meio-campo para a frente que nunca deram o grande salto por terem permanecido no país, não se esperam resultados extraordinários. Ao mesmo tempo, eles são necessários: com o desporto russo envolto numa enorme polémica por causa de um alegado sistema de doping que apanha sobretudo atletismo e natação e um brutal investimento em infraestruturas, esta será uma prova chave para o futebol nacional.

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Assim, o Uruguai de Suárez, Cavani e companhia surge com um ligeiro favoritismo ao primeiro lugar deste grupo A, até pelas últimas participações em grandes provas internacionais e por ter uma base estabilizada e que atua em alguns dos melhores clubes europeus. Mas convém não esquecer o Egito, os Faraós agora comandados por Héctor Cúper que têm em Salah, do Liverpool, a principal individualidade num coletivo forte.

O BI do grupo A do Campeonato do Mundo em sete pontos

RÚSSIA
Alcunha: A Seleção Nacional
Participações no Mundial e melhor classificação: 11.ª participação, sete como U. Soviética (4.º lugar em 1966)
Qualificação: Entrada direta como país organizador
Treinador: Stanislav Cherchesov
Estrela: Alan Dzagoev (CSKA Moscovo)
Goleador: Artem Dzyuba (Zenit)
Promessa: Anton e Aleksei Miranchuk (Lokomotiv Moscovo)

https://twitter.com/FIFAWorldCup/status/936686538158612480

URUGUAI
Alcunha: La Celeste (A Celeste)
Participações no Mundial e melhor classificação: 13.ª participação (campeã em 1930 e 1950)
Qualificação (América do Sul): 2.º lugar com 31 pontos em 18 jogos (Bolívia, 2-0 fora e 4-2 em casa; Colômbia, 3-0 em casa e 2-2 fora; Equador, 1-2 fora e 2-1 em casa; Chile, 3-0 em casa e 1-3 fora; Brasil, 2-2 fora e 1-4 em casa; Peru, 1-0 em casa e 1-2 fora; Argentina, 0-1 fora e 0-0 em casa; Paraguai, 4-0 em casa e 2-1 fora; Venezuela, 3-0 em casa e 0-0 fora)
Treinador: Óscar Tabarez (uruguaio)
Estrela: Luís Suárez (Barcelona)
Goleador: Edison Cavani (PSG)
Promessa: Rodrigo Betancur (Juventus)

EGITO
Alcunha: Os Faraós
Participações no Mundial e melhor classificação: 3.ª participação (fase de grupos em 1934)
Qualificação (África): vitória na 2.ª fase (Chade, 0-1 fora e 4-0 em casa) e 1.º lugar no grupo E da 3.ª fase com 13 pontos em 6 jogos (Congo, 2-1 fora e 2-1 em casa; Gana, 2-0 em casa e 1-1 fora; Uganda, 0-1 fora e 1-0 em casa)
Treinador: Héctor Cúper (argentino)
Estrela: Mohamed Salah (Liverpool)
Goleador: Hassan (Sp. Braga)
Promessa: Ramadan Sobhi (Stoke City)

https://twitter.com/DZFootball_en/status/936607959290966016

ARÁBIA SAUDITA
Alcunha: Os Falcões Verdes
Participações no Mundial e melhor lugar: 5.ª participação (16-avos-de-final em 1994)
Qualificação (Ásia): 1.º lugar no grupo A da 2.ª fase (Palestina, 3-2 em casa e 0-0 fora; Timor, 7-0 em casa e 10-0 fora; Malásia, 3-0 fora e 2-0 em casa; Emirados Árabes Unidos, 2-1 em casa e 1-1 fora) e 2.º lugar no grupo B da 3.ª fase (Tailândia, 1-0 em casa e 3-0 fora; Iraque, 2-1 fora e 1-0 em casa; Austrália, 2-2 em casa e 2-3 fora; EAU, 3-0 em casa e 1-2 fora; Japão, 1-2 fora e 1-0 em casa)
Treinador: Juan Antonio Pizzi
Estrela: Al-Sahlawi (Al-Nassr)
Goleador: Al-Sahlawi (Al-Nassr)
Promessa: Fahad Al-Muwallad (Al-Ittihad)