O Mercedes-Benz CLS acaba de oficialmente apresentar a sua terceira geração, no Salão Automóvel de Los Angeles, nos EUA. O novo modelo surge sem grandes novidades em termos de design, mas compensa com uma ampla oferta de motores, além da garantia de que não voltará a existir Shooting Brake.

Da oferta de motores fará parte um novo CLS53, com grande parte dos atributos técnicos das versões E53 Coupé e Cabriolet, mas com um novo seis cilindros em linha com características Mild Hybrid. A apresentação desta solução mais sofisticada deverá acontecer apenas no início do próximo ano, durante o Salão Automóvel de Detroit, altura em que também serão desvendados três novos produtos AMG, com o mesmo motor.

Este novo motor a gasolina contará com a ajuda de uma unidade eléctrica, capaz de desempenhar as funções de motor de arranque e de fornecer igualmente um acréscimo de potência ao CLS53, que lhe permita rivalizar com adversários já anunciados, como é o caso da segunda geração do Audi S7 ou do recentemente lançado BMW 550i.

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Com o epíteto de proposta verdadeiramente desportiva entregue desde já à futura versão de produção do AMG GT Concept, o qual deverá ostentar um V8 4,0 litros biturbo, o novo CLS colocar-se-á, assim, na posição de proposta mais potente de uma gama, da qual farão ainda parte um CLS360 e um CLS450, ambos a gasolina, além de um CLS300d, CLS350d e CLS 400d, como propostas a gasóleo.

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Quanto ao desaparecimento da Shooting Brake, os responsáveis da marca explicaram-no com a cada vez maior transferência de clientes dos automóveis convencionais para os SUV, tendência que tem levado não só a uma menor procura pelo esguio coupé de quatro portas, introduzido no mercado em 2005, mas principalmente da carrinha, que a marca decidiu acrescentar em 2012.

Embora a Mercedes ainda não tenha revelado as dimensões oficiais do novo modelo, parece que o CLS terá crescido em todos os parâmetros, face ao antecessor. Herda também grande parte das soluções já vistas no Classe E, a começar pelo chamado Widescreen Cockpit, o enorme ecrã digital de 12,3″ que abarca parte do tablier e que integra não só o painel de instrumentos como também o ecrã do sistema de infoentretenimento, a que há que somar ainda um volante multifunções importado do recentemente renovado Classe S.

A par destes argumentos, o novo CLS passa a ostentar de série, e pela primeira vez, um banco traseiro para três ocupantes, com as costas a poderem ser rebatidas 40/20/40.

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Em termos de equipamento, o CLS deverá contar com os mesmos cinco sistemas de ajuda à condução do Classe E, incluindo a Assistência à Manutenção na Faixa de Rodagem e Ajuda à Manutenção da Velocidade, sendo que os futuros proprietários vão poder ainda optar por um Driving Assistance Package, garantia de oito outros sistemas, a par de algumas propriedades de condução semiautónoma. Como é o caso da possibilidade de largar as mãos do volante durante um máximo de 30 segundos, regulação automática da velocidade quando na aproximação a outras vias ou cruzamentos, além de uma função de mudança automática de faixa de rodagem.

Na fase de lançamento, a nova geração do mais estatutário coupé de quatro portas da Mercedes estará disponível com motorizações de seis cilindros em linha com turbocompressor, a gasolina e diesel, conjugadas invariavelmente com a caixa automática de nove velocidades 9G-Tronic e o sistema de tracção integral 4Matic. No entanto, lá mais para a frente, o modelo poderá vir a contar com motores de quatro cilindros, nomeadamente o já muito conhecido 2,0 litros a debitar 245 cv, e que adoptará a denominação de CLS300d.

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Ainda sobre os motores propostos à partida, destaque natural para o 3,0 litros a gasolina que serve de base à versão CLS 450 4Matic, que conta com um sistema eléctrico de 48V e um gerador eléctrico EQ Boost que, em conjunto com o motor de combustão, permite anunciar uma capacidade de aceleração dos 0 aos 100 km/h em 4,8 segundos, além de uma velocidade máxima de 250 km/h. Tudo graças aos 367 cv e 500 Nm garantidos pelo 3,0 litros a gasolina, a que se juntam mais 22 cv e 250 Nm proporcionados pelo motor eléctrico, ainda que apenas durante uns breves segundos. Os consumos oficiais andam na ordem dos 7,5 l/100 km em trajecto combinado, com 178 g/km de emissões de CO2.

Quanto às outras duas motorizações disponibilizadas de início, o CLS 350 d 4Matic e CLS 440 d 4Matic, partilham o mesmo turbodiesel 2,9 litros, embora com diferenças em termos de potência – 286 cv e 600 Nm no primeiro, 340 cv e 700 Nm no segundo. Isto, com consumos combinados de 5,6 l/100 km e emissões de 148 g/km. Sendo que, pouco depois do lançamento do modelo no mercado, a Mercedes deverá passar a disponibilizar um CLS350, equipado com um 2,0 litros turbo a gasolina e equipado igualmente com apoio eléctrico de um sistema Mild Hybrid.

Ainda sobre o CLS53 e embora as informações sejam escassas, os dados obtidos apontam para que o seis cilindros 3.0 venha a anunciar uma potência total de 456 cv.

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