A sondagem da Sigma Dos, encomendada pelo jornal El Mundo, revela uma tendência clara: a maioria dos inquiridos (61,6%), que o jornal classificou de “contundente”, considera “necessária” uma reforma da Constituição espanhola. Contudo, uma maioria ainda maior, de 68,5%, não acredita que os vários partidos consigam alcançar um consenso nesta matéria.
A maioria dos eleitores inquiridos defende essa reforma, independentemente do partido em que votam, segundo revela o estudo. Até entre os apoiantes do Partido Popular — a força política que menos vontade tem revelado de fazer uma reforma constitucional — a maioria (48,9%) é a favor de alterações à Constituição.
Menos unanimidade reúne, no entanto, o teor dessa reforma. Por um lado, é inegável que a maior parte dos espanhóis (63,8%) é contra uma reforma que permitisse a realização de referendos à independência nas várias regiões autónomas espanholas. Por outro lado, há uma divisão entre aqueles que querem uma reforma que devolva competências das comunidades ao Estado central — cerca de 33% — e os que gostariam de ver mais autonomia cedida às diferentes regiões, cerca de 27%.