A agência de notação financeira Fitch reviu esta segunda-feira em alta a estimativa de crescimento para a economia brasileira este ano, de 0,6% para 1%, acelerando para 2,6%, em média, nos dois anos seguintes.

“A previsão para o Brasil este ano aumentou de 0,6% para 1%, mas para 2018 e 2019 as previsões não foram alteradas”, escrevem os analistas da Fitch, no relatório de dezembro sobre as “Perspetivas Económicas Globais”.

“O PIB cresceu apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2017, mas o crescimento do primeiro semestre foi revisto em forte alta”, acrescentam os peritos, que notam que em 2018 e 2019 “o crescimento deverá aumentar para uma média de 2,6%”.

O crescimento brasileiro, depois de dois anos de recessão de quase 4% em cada ano, “é apoiado pela recuperação no consumo e no crédito, principalmente às famílias”, lê-se no documento hoje divulgado pela Fitch.

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Os principais riscos apontados pelos analistas prendem-se com as “persistentes incertezas de ordem política, orçamental e das reformas”, agravadas pela possibilidade de ‘surpresas’ nas eleições do próximo ano, concluem, na parte relativa ao Brasil.

No geral, o relatório prevê um crescimento mundial de 3,2% este ano, “com grandes surpresas positivas na zona euro, no Japão e, em menor grau, na China”, que vem no seguimento de uma expansão económica de 2,5% no ano passado.

Para 2018, a Fitch antevê um aumento do PIB mundial na ordem dos 3,3%.