A campanha eleitoral para as eleições regionais da Catalunha de 21 de dezembro próximo começou às 00h00 de terça-feira (23h00 de segunda-feira em Lisboa) com vários candidatos na prisão e outros refugiados na Bélgica.

Todos eles são candidatos em listas de movimentos separatistas e estão a ser investigados por suspeitas de terem cometido delitos de rebelião, secessão e peculato pela sua participação na tentativa falhada de criação de um estado independente da Espanha.

O ex-vice-presidente do governo catalão, Oriol Junqueras, cabeça da lista da Esquerda Republicana da Catalunha (esquerda) vai continuar detido, assim como outros dois candidatos, todos à espera da conclusão do inquérito.

O ex-presidente do executivo regional, Carles Puigdemont, número um da lista ‘Juntos pela Catalunha’ vai fazer campanha a partir de Bruxelas, onde está refugiado com outros quatro ex-membros do seu gabinete que também são candidatos.

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A Justiça Belga decide a 14 de dezembro próximo sobre o pedido de detenção e entrega a Espanha destes cinco separatistas.

Uma sondagem publicada na segunda-feira indica que os partidos independentistas catalães perderiam a maioria absoluta dos lugares no parlamento regional.

Segundo o Centro de Investigações Sociológicas, um organismo público que realiza este tipo de sondagens, os partidos e movimentos que apoiam a criação de um país independente da Espanha desceriam dos 72 lugares obtidos nas eleições regionais de 2015 para 66-67 num total de 135 que tem o parlamento regional.

As eleições regionais de 21 de dezembro foram convocadas pelo chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, em 27 de outubro passado, no mesmo dia em que decidiu dissolver o parlamento da Catalunha e destituir o executivo regional presidido por Carles Puigdemont.

Os partidos separatistas ganharam as últimas eleições regionais, em 2015, o que lhes permitiu formar um Governo que organizou um referendo de autodeterminação em 01 de outubro último, que foi considerado ilegal pelo Estado espanhol.