O ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano disse esta terça-feira que Cabo Verde já pagou as quotas de 2017 à CEDEAO e está a negociar o pagamento das atrasadas, mostrando-se confiante no sucesso da candidatura do país à presidência da organização.

Cabo Verde irá submeter o nome do candidato do país à presidência da Comissão da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) na cimeira de Chefes de Estado da organização, que decorre a 16 de dezembro, em Abuja, na Nigéria.

O cargo de presidente da comissão da CEDEAO, equivalente ao presidente da Comissão Europeia, é ocupado por ordem alfabética dos 15 países-membros e, respeitando esse critério, caberá, na próxima eleição, a Cabo Verde assumir o posto.

Contudo, o processo não é automático e a personalidade que Cabo Verde vier a apresentar pode não ser aceite, se os países entenderem que não reúne as condições. Há também outros critérios a respeitar, nomeadamente ter as quotas em dia dentro da organização, requisito que Cabo Verde não preenche, mas que Luís Filipe Tavares acredita não ser impeditivo da eleição.

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“Pagamos na íntegra a quota de 2017 e estamos a negociar uma proposta de pagamento dos atrasados com a CEDEAO. Vários outros estados-membros já estiveram a dever à CEDEAO muito dinheiro. É uma situação normal, negoceiam, pagam e nós também vamos pagar”, disse Luís Filipe Tavares.

O ministro, que falava aos jornalistas na cidade da Praia, adiantou que o nome do candidato deverá ser anunciado brevemente uma vez que as reuniões preparatórias para a cimeira começam a 12 de dezembro.

A reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira deverá ser dedicada à preparação da cimeira da CEDEAO, devendo posteriormente ser revelado o nome escolhido. A escolha do nome a indicar será feita por concertação entre o Governo e o Presidente da República, no entanto são já vários os candidatos e as manifestações de interesse no lugar.

“A nossa candidatura será apresentada naturalmente e será uma honra muito grande para Cabo Verde presidir à CEDEAO, será uma honra para a CEDEAO ter um Estado de direito democrático a presidir e seria uma honra para a comunidade internacional”, disse.

Assinalando que é a vez de Cabo Verde presidir à organização, o ministro ressalvou, contudo, que a cimeira dos Chefes de Estado “é soberana” e que Cabo Verde aceitará qualquer decisão que saia do encontro.