Após o sorteio, a opinião foi unânime: após calhar no mesmo grupo do colosso Barcelona e do vice-campeão europeu Juventus, o Sporting iria lutar com o Olympiacos pelo terceiro lugar; a meio da fase de grupos, na altura dos jogos com os italianos, houve a legítima ambição de dar o passo em frente e ir mais longe; depois do apito final da sexta e última ronda, os leões ficaram mesmo na terceira posição. Mas caíram de pé, com brio.

Os comandados de Jorge Jesus (que falhou pela sexta vez em sete participações a passagem na fase de grupos da Liga dos Campeões) quiseram entrar na moda. E hoje, mergulhando naquele jogo dos “ses”, poder-se-á pensar: e se a Juventus não ganha em Turim a três minutos do fim? E se a mesma Juventus não empata em Alvalade a dez minutos do fim? Mas ganhou e empatou, respetivamente. Ainda assim, fugiram a uma prestação mediana e os muitos elogios dos adversários mostram isso mesmo. Resultado final: pararam na média do costume na Champions.

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Com a derrota em Camp Nou, o Sporting terminou a fase de grupos na terceira posição com sete pontos na quarta das oito ocasiões em que esteve presente na prova, mantendo também a malapata nas deslocações a Espanha, onde passa agora a contar com três empates e nove derrotas em 12 encontros.

Para a memória futura fica o histórico verde e branco na Champions, que é o seguinte:

2008/09: 12 pontos (2.º lugar e oitavos-de-final)
– Adversários: Barcelona (1-3 fora e 2-5 em casa), Basileia (2-0 em casa e 1-0 fora) e Shakhtar Donetsk (1-0 fora e 1-0 em casa), num total de quatro vitórias e duas derrotas (8-8 em golos)
– Treinador: Paulo Bento
– Marcadores: Derlei (2), Liedson (2), Tonel, Romagnoli, Miguel Veloso e Yannick Djaló

Derlei apontou o golo histórico com o Shakhtar, carimbando pela primeira vez os oitavos (FRANCISCO LEONG/AFP/Getty Images)

2007/08: 7 pontos (3.º lugar)
– Adversários: Manchester United (0-1 em casa e 1-2 fora), Roma (1-2 fora e 2-2 em casa) e Dínamo Kiev (2-1 fora e 3-0 em casa), num total de duas vitórias, um empate e três derrotas (9-8 em golos)
– Treinador: Paulo Bento
– Marcadores: Liedson (4), Polga (2), Tonel, Abel e João Moutinho

2014/15: 7 pontos (3.º lugar e Liga Europa)
– Adversários:
Maribor (1-1 fora e 3-1 em casa), Chelsea (0-1 em casa, 1-3 fora) e Schalke 04 (3-4 fora e 4-2 em casa), num total de duas vitórias, um empate e três derrotas (12-12 em golos)
– Treinador: Marco Silva
– Marcadores: Nani (4), Adrien (2), Slimani (2), Naby Sarr, Jefferson, Carlos Mané e Jonathan Silva

2017/18: 7 pontos (3.º lugar e Liga Europa)
– Adversários: Olympiacos (3-2 fora e 3-1 em casa), Barcelona (0-1 em casa e 0-2 fora) e Juventus (1-2 fora e 1-1 em casa), num total de duas vitórias, um empate e três derrotas (9-10 em golos)
– Treinador: Jorge Jesus
– Marcadores: Bruno César (2), Bas Dost (2), Bruno Fernandes, Doumbia, Gelson Martins e Alex Sandro (p.b.)

Messi não marcou desta vez ao Sporting, mas os leões acabaram por perder com dois autogolos de Coates (casa) e Mathieu (fora)

1997/98: 7 pontos (3.º lugar)
– Adversários: Mónaco (3-0 em casa e 2-3 fora), Lierse (1-1 fora e 2-1 em casa)e Bayer Leverkusen (0-2 em casa e 4-1 fora), num total de duas vitórias, um empate e três derrotas (9-11 em golos)
– Treinador: Octávio Machado/Francisco Vital/Vicente Cantatore
– Marcadores: Leandro (2), Hadji (2), Oceano (2), Luís Miguel, César Ramirez e Bruno Giménez

Pedro Martins e Spehar no 3-0 do Sporting ao Mónaco, em dia de estreia na Champions (PATRICK HERTZOG/AFP/Getty Images)

2006/07: 5 pontos (4.º lugar)
– Adversários: Inter (1-0 em casa e 0-1 fora), Spartak Moscovo (1-1 fora e 1-3 em casa) e Bayern (0-1 em casa e 0-0 fora), num total de uma vitória, dois empates e três derrotas (3-6 em golos)
– Treinador: Paulo Bento
– Marcadores: Caneira, Nani e Carlos Bueno

2016/17: 3 pontos (4.º lugar)
– Adversários:
Real Madrid (1-2 fora e 1-2 em casa), Legia Varsóvia (2-0 em casa e 0-1 fora)e B. Dortmund (1-2 em casa e 0-1 fora), num total de uma vitória e cinco derrotas (5-8 em golos)
– Treinador: Jorge Jesus
– Marcadores: Bruno César (2), Bryan Ruíz, Bas Dost e Adrien

Bruno César inaugurou o marcador no Bernabéu mas Ronaldo e Morata deram a volta (Gonzalo Arroyo Moreno/Getty Images)

2000/01: 2 pontos (4.º lugar)
– Adversários: Real Madrid (2-2 em casa e 0-4 fora), Bayer Leverkusen (2-3 fora e 0-0 em casa) e Spartak Moscovo (1-3 fora e 0-3 em casa), num total de dois empates e quatro derrotas (5-15 em golos)
– Treinador: Augusto Inácio
– Marcadores: Sá Pinto (3) e André Cruz (2)