A bitcoin superou esta quarta-feira um novo máximo histórico, acima de 12 mil dólares por unidade (pouco mais de 10 mil euros), segundo a Coindesk. A negociação da criptomoeda continua, como sempre, a ser feita com grande volatilidade, mas a confirmação de que a bitcoin vai (mesmo) entrar na alta finança ajudou a moeda digital a manter-se confortavelmente acima da barreira psicológica dos 10.000 dólares, superados na semana passada depois de uma valorização inédita desde o início do ano.

Os investidores nas bolsas de derivados financeiros, onde são negociados os contratos futuros das principais matérias-primas, como o petróleo ou o ouro, vão poder negociar direitos sobre bitcoin. Já havia rumores — e talvez por isso a bitcoin tenha disparado nas últimas semanas — e na segunda-feira surgiu a confirmação: a CBOE de Chicago será a primeira a admitir este tipo de negociação, já a partir deste domingo. A rival CME e a Nasdaq podem seguir-se.

Com a confirmação dos rumores que existiam no mercado há algumas semanas, a bitcoin voltou a ganhar “terreno” e, segundo a Coindesk, estava com uma cotação de 12.664 dólares, a meio do dia desta quarta-feira.

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A decisão da CBOE tem um grande significado simbólico, porque é um passo histórico na legitimação da moeda virtual na alta finança internacional. Para quem duvida da validade desta criptomoeda — e para quem acha que devia ser proibida, como o Nobel Joseph Stiglitz — a decisão das bolsas como a CBOE só irão contribuir para intensificar a “bolha perigosa” que alguns especialistas veem na bitcoin.

75 euros em bitcoins (em 2011) comprariam hoje um T5 no Príncipe Real, em Lisboa

Stephen Roach, professor da Yale University, avisa que a bitcoin é um “conceito tóxico” para os investidores. Citado pela CNBC, o antigo economista-chefe do Morgan Stanley avisa que estamos perante uma “bolha especulativa perigosa”.

https://observador.pt/videos/atualidade/como-e-que-as-bitcoins-ja-valem-tanto/