A Cabify, uma das concorrentes diretas da Uber em Portugal, enviou recentemente ao governo, grupos parlamentares e IMTT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres) propostas para a regulação das plataformas eletrónicas de transportes que disponibilizem serviços de motorista. Entre os pedidos, a empresa pede “uma zona exclusiva (…) nas imediações dos aeroportos e estações ferroviárias onde operam com vista a assegurar a segurança na tomada e largada de passageiros, a circulação facilitada e o respeito pelos restantes operadores existentes nestes locais”.

Fonte oficial da Cabify, ao Observador, afirma que é possível coordenar todos os sectores e que esta proposta de regulação tem como objetivo facilitar a circulação e “assegurar a segurança” dos passageiros. Nuno Santos, diretor-geral da Cabify Portugal, afirma que as propostas feitas “representam, em primeiro lugar, o compromisso da Cabify para com a sociedade e o setor onde opera e representam, também, o contributo claro e transparente da empresa no processo regulatório em curso”.

Além desta proposta, em comunicado, a Cabify requer ainda a “definição de requisitos mínimos para recrutamento de motoristas, nomeadamente através de testes psicotécnicos, apresentação do certificado de registo criminal e obrigatoriedade de formação presencial”, e a “livre definição de preços por parte das plataformas eletrónicas”. A empresa pede ainda o “esclarecimento” da possibilidade de integração de táxis nas plataformas eletrónicos.

Relembrar que a ANTRAL tem um processo em curso contra a Uber, em Portugal, para cessar o funcionamento de operações dessa empresa. Na passada terça-feira foi divulgado que a Justiça, em recurso de 2ª instância, reafirmou ao declarar e empresa ilegal. A maior associação de taxistas não interpôs nenhum processo contra a Cabify desde que esta iniciou o serviço no nosso país.

Justiça reafirma que operação da UBER Inc. é ilegal em Portugal

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