A MLS, o principal Campeonato de futebol dos Estados Unidos, foi perdendo o fulgor que tinha há uns anos mas ainda continua com umas estrelas como David Villa, Giovinco, Kaká, Tim Howard ou o entretanto reformado Andrea Pirlo. Qual deles foi o melhor do ano, vulgo MVP? Outro, Diego Valeri. E sem margem para dúvidas.

O argentino de 31 anos, que joga nos Portland Timbers desde 2013, esmagou nas votações entre jogadores, clubes e comunicação social, obtendo uma percentagem total de 50,71%, mais do triplo do que Villa (16,4%), o segundo classificado. E recebeu o habitual prémio por isso. Um prémio que podia ser partilhado com a filha, Connie, que teve uma reação que entretanto se tornou viral pelas redes sociais.

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Se aqueles gritos de alegria da filha são por si só o melhor prémio para um pai, o médio ofensivo ficou também sensibilizado com uma série de depoimentos gravados em vídeo após o anúncio, nomeadamente de Radamel Falcao, o avançado colombiano que jogou com Valeri no FC Porto; Kaká, internacional brasileiro e ex-Bola de Ouro dos Orlando City; Guillermo Barros Schelotto, ex-internacional argentino que chegou a ser MVP da MLS e treina agora o Boca Juniors; e Landon Donovan, o mítico avançado americano que dá nome ao troféu.

Formado no Lanús, um dos clubes mais reputados a nível de camadas jovens de Buenos Aires, Valeri não foi feliz nas duas paragens que teve na Europa (FC Porto em 2009/10, onde ganhou uma Taça de Portugal e uma Supertaça com Jesualdo Ferreira no comando, e Almería), regressou à base – fez três jogos pela Argentina em 2011 – e apostou numa aventura na MLS em 2013, no primeiro ano apenas como empréstimo. Foi nos Estados Unidos que encontrou o seu espaço: mesmo sofrendo uma lesão grave no final de 2014, teve sempre uma média acima dos 30 jogos por temporada e ganhou uma Taça da MLS, entre outras distinções.

“Quis vir para a MLS porque o Javier Morales jogou comigo no Lanús, era muito próximo de mim e passou aqui grandes momentos. Joguei muito e causei algum impacto na Argentina, mas precisava de ir para outros lugares. Para mim, era uma grande oportunidade mostrar numa outra parte do mundo o que conseguia fazer”, referiu Valeri.