O deputado José Manuel Pureza diz-se “preocupado” com a falta de informação do Governo sobre a integração de refugiados em território nacional. O Diário de Notícias escreve que, dias depois de anunciar que Portugal vai receber mais 1100 refugiados, o Ministério da Administração Interna garante que, como previsto no projeto de resolução do BE aprovado em abril, o relatório de acompanhamento dos processos de integração “será remetido à Assembleia da República dentro dos prazos estabelecidos”.

A greve de fome de um refugiado yazidi levou o BE a colocar algumas questões ao Governo a este respeito. “Temos tido conhecimento de algumas situações, como esta do cidadão yazidi, que nos revelam que não se está a dar a resposta mínima necessária a pessoas que fugiram de uma situação muito complexa e precária. Se essas pessoas não estão a ver os seus processos resolvidos é porque alguma coisa está a correr mal”, diz José Manuel Pureza.

Em abril, todos os partidos no Parlamento aprovaram o projeto de resolução do Bloco de Esquerda estabelecendo que fosse feita uma “identificação detalhada dos constrangimentos internos e externos” à integração de refugiados que cheguem a Portugal. O diploma apontava o fim do ano como data limite para a entrega do relatório.

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Ouvida pelo DN, a eurodeputada Ana Gomes pede “mais empenho político na sensibilização” das instituições para a integração destas pessoas, ligando a falta de mecanismos com a taxa de abandono de refugiados, que, segundo o próprio MAI, rondará os 40%.

“Será muito mau para Portugal se, não obstante a disponibilidade política para receber mais refugiados, de uma forma sistemática a taxa de movimentos secundários” — os abandonos — “for tão elevada, revelando que qualquer coisa está a correr francamente mal na nossa metodologia”, diz a socialista.

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