O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, desejou nesta sexta-feira que o próximo ano seja “descontaminado” do “clima eleitoral” de 2019 e espera poder começar a analisar o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) antes do Natal.

O Presidente da República admitiu ainda que, “em princípio”, a tradicional mensagem de Ano Novo, em declaração ao país, vai ocorrer numa localidade do centro de Portugal, fustigado pelos violentos e trágicos fogos florestais de junho e outubro – locais onde Rebelo de Sousa vai passar o período das “Festas”, em comunhão com as populações e homenageando as vítimas.

“Relativamente ao ano que vem, que não é eleitoral – ano eleitoral é 2019. O problema é diferente, é o orçamento para 2019, que vai ser discutido no final do ano que vem. Até que ponto é ou não contaminado pelo ambiente eleitoral de 2019. O que desejaria é que fosse descontaminado desse clima eleitoral”, afirmou, à margem de uma visita a uma das três residências que acolhem jovens mães solteiras e crianças da instituição particular de solidariedade social “Ajuda de Mãe”, em Oeiras.

Rebelo de Sousa fora questionado, mais especificamente, sobre eventuais tensões entre o Governo socialista e os outros partidos da maioria (BE, PCP e “Os Verdes”), dada a tomada de posse em janeiro do ministro das Finanças, Mário Centeno, eleito presidente do Eurogrupo, círculo informal entre os 19 países aderentes à moeda única, por dois anos e meio.

“O clima [eleitoral] já vai ser muito longo. Vai começar praticamente no início do ano [de 2019]. Penso que todos ganharíamos com que o ano de 2018 fosse de acalmia eleitoral. Portanto, que o OE2019 não fosse um campo de luta pré-eleitoral. Naquilo que depender do PR, no seu magistério de influência junto dos partidos políticos, tudo farei”, garantiu, referindo-se às eleições europeias, em maio de 2019, e legislativas, presumivelmente em setembro/outubro de 2019.

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