Os automóveis eléctricos têm de ser “abastecidos” com electricidade em vez de combustível fóssil, o que levou alguns construtores a conceberem formas específicas e mais elegantes, ou dissimuladas, para disfarçar o local onde se coloca a ficha para ligação à rede eléctrica. Um dos exemplos chega-nos pela mão da Renault, que esconde o conector sob o losango ao centro da grelha frontal, sendo que a Tesla optou por colocar o seu na extremidade do farolim traseiro, do lado do condutor. Mas isso era dantes.

Se bem que o local fosse sempre o mesmo, a marca americana fazia variar o modelo do conector utilizado, sendo um para os EUA, que é específico para o construtor, e o Mennekes para a Europa. Para China – e se bem que este que é o maior mercado para veículos eléctricos tenha imposto uma ficha específica, conhecida como GB – a Tesla continuava a utilizar a Mennekes, mas com um adaptador. Até agora.

Como se aproxima a passos largos a uniformização da rede eléctrica, não só em termos de postos de carga rápidos e normais, como também no que respeita ao tipo de ficha, a Tesla resolveu começar já a adaptar-se. Retirou o conector do espaço exíguo no farolim – que a impedia de, por exemplo, ali montar o sistema utilizado pelos alemães e que será aquele que vai ser incluído no novo standard europeu – e montou-o de forma convencional, protegido por uma tampa, à semelhança do que acontece num depósito de combustível. A própria Tesla juntou-se à organização internacional CharIN, que visa promover a tomada CCS como standard.

Se os prejuízos estéticos são evidentes, as vantagens não o são menos, com a marca a começar desde já a oferecer dois conectores diferentes, em vez de apenas um. Sendo que o novo espaço, com uma área que deverá rondar o triplo da disponibilizada na extremidade do farolim, permitirá montar igualmente o futuro sistema europeu, mas também o chinês. Isto vai permitir aos clientes orientais usufruir da rede que o Governo chinês está a dinamizar, prevendo criar mais 12.000 postos de carga, além de incentivar as empresas e os privados para montar 4,8 milhões de postos de carregamento privados. Isto num país que espera ter 5 milhões de automóveis eléctricos a circular até 2020.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR