A Câmara de Lisboa vai restringir o horário de funcionamento da discoteca Barrio Latino, em Santos, onde na passada sexta-feira um segurança foi morto a tiro. Em comunicado enviado às redações, a CM informa que o estabelecimento em causa tem em curso várias contra-ordenações, “de autos de notícias elaborados após fiscalização da Polícia Municipal”, além de um pedido de restrição de atividade, por parte da PSP “por perturbação da tranquilidade pública”.

O segurança, de 42 anos, foi baleado na cabeça, na passada sexta-feira por um cliente, tendo morrido neste sábado no Hospital de São José, em Lisboa, avança a Lusa. O incidente aconteceu por volta das 13h depois de um grupo ter tentado entrar no Barrio Latino. Fernando Pinto, um dos administradores do espaço, contou ao jornal Público que a discoteca estava prestes a fechar e que os seguranças, contratados através de uma empresa externa, não deixaram entrar os indivíduos dentro do espaço.

Tiroteio em discoteca em Lisboa faz um morto

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O atacante e o grupo que o acompanhava fugiram do local. A PSP foi chamada ao local mas a investigação, por se tratar de um caso de homicídio, passou para as mãos da Polícia Judiciária (PJ).

Ministério da Administração Interna trabalho com Câmara Municipal de Lisboa

O ministro da Administração Interna assegurou este sábado que o Governo está a trabalhar com a Câmara de Lisboa e as forças de segurança, de forma “concertada”, no caso da discoteca Barrio Latino, onde um segurança foi morto a tiro.

“Dentro do acompanhamento das questões de segurança em todo país, mais designadamente em Lisboa, estamos a trabalhar com o senhor presidente da Câmara Municipal de Lisboa e com as forças de segurança”, afirmou Eduardo Cabrita. O governante falava à margem do XXIII Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que decorre este sábado em Portimão. “Manifestamente tem havido intervenção, tem havido ação, ela está concertada e terão conhecimento das intervenções operacionais necessárias no momento próprio”, acrescentou Eduardo Cabrita.

Questionado sobre se o Governo pondera encerrar o Barrio Latino, como fez com a discoteca Urban, que esteve envolta em polémica há cerca de um mês por agressões de seguranças a dois jovens nas imediações do espaço, o ministro respondeu que não se pode “pronunciar sobre questões concretas”.