Nikki Haley, embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, defende que as mulheres que acusam Donald Trump de assédio sexual devem ser ouvidas. “As mulheres que acusam alguém devem ser ouvidas”, afirmou Haley no último domingo. “Devem ser ouvidas e devem ser tratadas”, afirmou Nikki Haley, no programa da CBS’ “Face the Nation”, acrescentando que “qualquer mulher que se sentiu violada ou maltratada tem todo o direito de falar”.

Conforme noticiou o jornal The Guardian, a posição de Haley surge depois de, na semana passada, só em Washington, o senador democrata do Minnesota, Al Franken, e o representante do Michigan, John Conyers, terem anunciado as suas demissões por acusações de má conduta sexual, e o representante republicano do Arizona, Trent Franks, ter anunciado a sua partida depois de ter discutido a maternidade infantil com membros femininos da equipa.

Haley louvou a coragem de todas as mulheres que têm quebrado o silêncio, considerando que, o facto de estes casos estarem a ser denunciados vai “começar a trazer uma consciência para a situação, não apenas na política, mas em Hollywood e em todas as indústrias. E acho que chegou a hora”.

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O assédio sexual e a quebra do silêncio à volta deste assunto foi mesmo o que levou a Time a eleger o movimento #MeToo como a figura mais marcante do ano 2017.

#MeToo é a Figura do Ano 2017 da Time

Relativamente à eleição de Trump como presidente dos EUA, a embaixadora disse apenas que cabe às pessoas decidir, mas que “as mulheres devem sentir-se à vontade para avançar, para denunciar. E todos devemos estar dispostos a ouvi-las”.

Em outubro passado, Donald Trump negou todas as acusações e a Casa Branca anunciou que a posição da administração era que todas as mulheres estavam a mentir. O presidente dos Estados Unidos disse que todas as mulheres que o acusavam iam ser processadas depois das eleições presidenciais, o que até ao momento ainda não aconteceu. Nesta semana, no Tribunal de Nova Iorque, o advogado de Donald Trump afirmou que estava demasiado ocupado para tratar da ação de acusação das mulheres contra o presidente.