A partir do dia 1 de janeiro de 2018, o exército norte-americano vai aceitar recrutas transgénero. Uma juíza federal decidiu esta segunda-feira negar o pedido de Donald Trump para banir militares transgénero das Forças Armadas dos Estados Unidos.
Esta é uma pesada derrota da administração Trump, que tinha argumentado que o prazo estabelecido – 1 de janeiro – era problemático porque dezenas de milhares de funcionários das Forças Armadas teriam de ser treinados para lidar com a componente psicológica de candidatos transgénero — factor para o qual a administração alertava que o exército não estaria preparado. Segundo a Reuters, a juíza Colleen Kollar-Kotelly rejeitou as preocupações do governo de Donald Trump, já que as preparações para a inclusão de recrutas transgénero começaram ainda durante o mandato de Barack Obama.
Em julho, Donald Trump escreveu uma série de tweets onde declarava que o exército norte-americano não iria aceitar transgénero, demonstrando preocupação com o foco militar e os elevados custos médicos.
After consultation with my Generals and military experts, please be advised that the United States Government will not accept or allow……
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 26, 2017
….Transgender individuals to serve in any capacity in the U.S. Military. Our military must be focused on decisive and overwhelming…..
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 26, 2017
….victory and cannot be burdened with the tremendous medical costs and disruption that transgender in the military would entail. Thank you
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 26, 2017
Em agosto, emitiu um memorando onde exortava as Forças Armadas a adotar uma política de proibição de novos recrutas transgénero e a suspensão de todos aqueles que já pertenciam ao exército – até março de 2018. No mesmo documento, decretou o fim dos fundos do governo para cirurgias de mudança de sexo para membros ativos das Forças Armadas.