A Presidência iraniana e os Guardas da Revolução deram o seu apoio aos movimentos de resistência palestiniana e instaram-nos a continuar a “intifada”, em resposta à decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital israelita. “Estamos orgulhosos do grande povo da Palestina pela sua resistência e sacrifício contra o inimigo sionista (Israel), e estamos certos de que a nova ‘intifada’ continuará o seu caminho correto”, disse Hassan Rohani numa conversa telefónica durante a noite com o líder político do Hamas, Ismail Haniye.

Haniye apelou no passado dia 7 aos palestinianos para começarem uma terceira ‘intifada’ ou levantamento popular, embora os protestos até à data não tenham sido de grande dimensão. “Sem dúvida, o povo oprimido da Palestina e a comunidade islâmica vão resistir unidos contra esta conspiração sionista-norte-americana e vão frustrá-la”, sublinhou Rohani em comunicado.

O Presidente iraniano considerou que, perante esta situação, “o primeiro passo é que todos os movimentos palestinianos se mantenham unidos, e deem uma resposta decisiva ao regime sionista e aos Estados Unidos”. Haniye valorizou o apoio da República Islâmica à causa palestiniana e advertiu que a nova ‘intifada’ “vai continuar com força para frustrar o complô dos norte-americanos e sionistas”, segundo o comunicado da presidência iraniana.

Por sua vez, o comandante dos Guardas da Revolução, Qasem Soleimani, falou com comandantes das brigadas “Azedin al Qasam”, braço militar do Hamas, e do grupo Jihad Islâmica. Soleimani anunciou a disposição da República Islâmica de proporcionar “todo o apoio necessário” às forças de resistência palestinianas.

Também disse que outros grupos de resistência, que não especificou, podem ajudar a proteger a mesquita de Al Aqsa em Jerusalém, o terceiro lugar mais sagrado do Islão, a seguir a Meca e Medina. O Irão lidera o chamado “eixo da resistência” contra Israel e apoia tanto o movimento palestiniano Hamas como o libanês xiita Hezbollah.

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