Se está a pensar acordar cedo esta quinta-feira, dia 14, pode aproveitar para ver uma chuva de meteoros das Gemínidas que terá o pico de atividade nesse dia às 6h30. Este pico de atividade terá uma média de 120 meteoros por hora e será o melhor espetáculo natural de Natal. Este mês também haverá chuva de meteoros das Úrsidas, mas, neste caso, o máximo serão dez meteoros por hora.

“Será uma boa ocasião para observar este enxame [das Gemínidas], pois haverá boas condições de observação”, escreve o Observatório Astronómico da Universidade de Lisboa. Mas se este não for o melhor momento para se pôr a olhar para as estrelas cadentes do céu noturno, pode experimentar outro momento até dia 16.

E se não lhe apetecer apanhar frio e preferir ficar em casa a acompanhar o fenómeno, pode fazê-lo a partir do site sky-live.tv (ou em baixo). O Observatório Teide, nas ilhas Canárias, transmitirá a chuva de meteoros em direto a partir das 23 horas de dia 14.

Precisa, no entanto, de ter em consideração que nem todos os locais serão adequados para a observação da chuva de meteoros. O OAL aconselha que se evitem as noites nubladas, a poluição luminosa das grandes cidades e que se procure um horizonte desimpedido. Além disso, precisa de encontrar o ponto no céu de onde parece surgir esta chuva de meteoros: a constelação dos Gémeos, para o enxame de Gemínidas, e a constelação da Ursa Menor, para o enxame de Úrsidas.

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As chuvas de meteoros acontecem quando a órbita da Terra cruza a trajetória de um asteroide ou de um cometa, os detritos deixados pela passagem destes astros acaba por entrar na atmosfera da Terra, vaporizar-se e deixar um rasto luminoso. A chuva de meteoros das Gemínidas resulta dos detritos deixados pelo asteroide Faetonte e a das Úrsidas resulta da passagem do cometa Tuttle.

https://observador.pt/videos/explica-me/explica-asteroides-cometas-e-meteoros/

“[O asteroide] Faetonte, com cerca de quatro ou cinco quilómetros de diâmetro, é um destruidor total. Se chocasse com a Terra produziria uma catástrofe a nível global que acabaria com as espécies, incluindo a nossa, provavelmente”, disse Javier Licandro, investigador no Instituto de Astrofísica das Canárias, em comunicado. “Ainda assim, Faetonte é um risco menor na lista de corpos potencialmente perigosos. Não obstante, temos de controlá-lo, porque as órbitas destes pequenos asteroides, que passam tão próximo da Terra, são afetadas por muito efeitos que podem fazer com que, no futuro, a órbita pode desviar-se numa colisão.”