Os pais chamam-lhe “bebé milagre”. Nasceu com uma malformação congénita, que se caracteriza pela localização do coração fora da cavidade torácica, e conseguiu sobreviver. Segundo o jornal The Guardian, depois de ter nascido prematura, a bebé com nome de princesa, Vanellope Hope Wilkins, foi submetida a três operações no Hospital Glenfield, em Leicester, e acabou por sobreviver. É um caso surpreendente, já que os cardiologistas dizem não conhecer nenhum semelhante no país.

Com nove semanas de gravidez, os pais, Naomi Findlay, de 31 anos, e Deanb Wilkins, de 43, descobriram que a bebé ia nascer com ectopia cardíaca, uma condição pouco comum, e os médicos disseram que a única opção era interromper a gravidez, uma vez que as possibilidades de sobreviver “eram quase zero”.

Não sendo esta uma hipótese para os pais, o casal decidiu prosseguir com a gravidez, depois de às nove semanas ter ouvido o batimento cardíaco, o que lhes deu força para continuar, de acordo com a BBC.

O casal contou que os primeiros dez minutos após o nascimento eram cruciais para determinar o rumo da vida da bebé. Findlay disse que quando “ela nasceu, e quando ela nasceu a chorar” foi um grande alívio. Tratada por 50 profissionais de saúde, a menina estava estável ao fim de 50 minutos, como conta o neonatologista Jonathan Cusack.

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Cerca de 50 minutos após o nascimento, Vanellope estava suficientemente estável para ser transferida para a sala onde tinha nascido, para esperar pelas equipas de anestesistas, profissionais de doenças congénitas do coração e cirurgiãos pediátricos, para começarem as tarefas de colocar o coração no tórax.”

A menina foi depois transferida para os cuidados intensivos da pediatria, onde ficou várias semanas. O tórax foi ainda aberto para criar mais espaço para o coração se poder desenvolver, porque a malformação com que nasceu fez com que esse espaço fosse inexistente. Semanas depois, e de forma natural, o coração movimentou-se para o local ideal. A última operação envolveu retirar pele dos braços de Vanellope para a colocar no tórax.

Com um final feliz, estes pais agradecem não ter desistido a meio, quando o mundo parecia desmoronar-se com a notícia. Agora, enquanto os órgãos da bebé lutam por espaço no interior do corpo da pequena princesa, ela continua ligada à máquina de ventilação.