A polícia da Catalunha — conhecida pelo nome Mossos d’Esquadra — recorreu à utilização de identidades falsas para conseguirem vigiar de perto membros dos partidos constitucionalistas e levar a cabo uma campanha a favor do Governo de Carles Puigdemont, revelou o El Confidencial. De acordo com o jornal, os agentes implicados pertencem à Unidade Central de Resposta Rápida, um grupo do Departamento de Informação da polícia catalã que chegou a ser composto por cerca de 40 agentes e que deixou de existir oficialmente este verão.

O uso de nomes falsos — aprovado pelo Ministério de Interior, responsável pela emissão dos documentos de identificação dos cidadãos catalães — foi inicialmente pensado para permitir que os agentes se infiltrassem em ambientes hostis, no âmbito de operações de inteligência. Contudo, segundo o El Confidencial, o comando dos Mossos d’Esquadra terá decidido aproveitar a oportunidade para recolher informações sobre os partidos da oposição e lançar campanhas nas redes sociais para reforçar o apoio a Puigdemont e à causa independentista.

O caso está a ser investigado pela Justiça espanhola. A Polícia Nacional está a terminar um relatório sobre a informação recolhida dos documentos encontrados no interior das 30 caixas que os agentes do Departamento de Informação da polícia catalã tentaram destruir numa incineradora em Sant Adriá de Besós, nos arredores de Barcelona, depois de Mariano Rajoy ter ativado o artigo 155 da Constituição espanhola, no final de outubro, suspendendo assim a autonomia da Catalunha.

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