Hoje foi um dia especial para Sérgio Conceição. E foi um dia especial porque, sendo um homem muito ligado à família e aos filhos, fez questão de não deixar passar em claro o 15.º aniversário do filho Francisco (o pequenito e talentoso canhoto que fez os primeiros anos de formação do Sporting mas passou na presente temporada para os juvenis do Padroense), inclusivamente na primeira reação logo na flash interview.

O clã Conceição: o pai treina o FC Porto, um filho joga no Benfica, outro está no Sporting

No entanto, houve outros motivos para festejar além do resultado volumoso nos oitavos-de-final da Taça de Portugal frente ao V. Guimarães (4-0): o treinador do FC Porto, que antes passara por Olhanense, Académica, Sp. Braga, V. Guimarães e Nantes, fez o 200.º encontro nesta nova carreira após pendurar as botas.

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Analisando esse trajeto por números, Sérgio Conceição leva 83 vitórias, 56 empates e 60 derrotas, dividindo essas 200 partidas entre Primeira Liga (142), Ligue 1 (22), Taça de Portugal (16), Taça da Liga (10), Liga dos Campeões (6), Taça de França (2) e Taça da Liga de França (2). Olhando apenas para o registo no Dragão, o FC Porto soma 17 vitórias, cinco empates e duas derrotas em 24 jogos, com um impressionante total de 64-17 em golos.

Curiosamente, essa marca redonda acabou por aparecer na competição que o próprio admite ter provocado “um dos momentos mais tristes da carreira”: a Taça de Portugal, prova onde ganhava em 2015 na final por 2-0 até bem perto do fim quando orientava o Sp. Braga antes da reação do Sporting que viria a vencer nos penáltis.

Perdi muito mal aquela final. Não queria falar muito do passado, mas pelo trajeto que tivemos merecíamos mais. Até cinco minutos do final, eu e os meus jogadores éramos os melhores do mundo e em duas charutadas lá para a frente o adversário conseguiu dois golos. Foi mérito do adversário, demérito nosso, mas muito injusto”, recordou Sérgio Conceição na conferência antes da receção ao V. Guimarães.

Agora, as atenções estão de novo apontadas para nova presença no Jamor e com um ataque temível a sustentar esse sonho: 18 anos depois, o FC Porto conseguiu marcar quatro ou mais golos em três jogos consecutivos, além de levar um total de 14 golos marcados desde o empate sem golos com o Benfica no Dragão.