A primeira-ministra britânica, Theresa May, está a ser pressionada pelos a procurar apoios junto do Partido Trabalhista, para que haja uma saída “suave” da União Europeia, noticia o The Guardian.

Na quarta-feira passada, onze deputados conservadores contrariaram as instruções de May e votaram favoravelmente uma proposta que levará a que o Brexit seja submetido, uma vez mais, a uma votação final no parlamento, quando forem concluídas as negociações com os outros Estados-membros.

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Esses mesmos deputados querem, agora, que Theresa May faça pontes com os deputados trabalhistas para que se promova uma aliança transversal que garanta que não haverá uma saída em rutura com a UE, um cenário em que o Reino Unido não consegue acordos (no mínimo, transitórios) com a União Europeia para questões económicas, políticas e sociais.

Um Brexit mais “suave”? Como assim?

A votação de quarta-feira terá convencido quem disso duvidasse que não existirá uma maioria parlamentar que dê “luz verde” a um Brexit mais drástico. A expectativa destes dissidentes é que o resultado da votação irá dar força a responsáveis como o ministro das Finanças, Philip Hammond, e a ministra da Administração Interna, Amber Rudd, que querem garantir uma saída controlada — mais “suave” — da União Europeia.

Do lado dos trabalhistas, a maioria dos deputados vê com bons olhos que o Reino Unido possa sair da União Europeia mas manter uma relação próxima com os atuais parceiros, incluindo a pertença à união alfandegária.

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