O ex-ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, foi absolvido do crime de difamação de que vinha acusado pelo advogado Pedro reis, que representa a apresentadora Bárbara Guimarães. A sentença foi proferida um dia antes da decisão que o absolveu do crime de violência doméstica, a 14 de dezembro.

Carrilho tinha sido acusado de ter chamado “escroque” ao advogado de Bárbara Guimarães, Pedro Reis, perante a psicóloga do Instituto Nacional de Medicina Legal que lhe fazia uma perícia psicológica no âmbito do processo de regulação do poder paternal, que corre termos no Tribunal de Família e Menores. Quando confrontado pelos motivos que teriam conduzido aquele exame, Carrilho recordou aquele dia de outubro de 2013, quando estava a regressar de Paris, e foi confrontado no aeroporto por um amigo de Bárbara Guimarães que lhe entregou uma carta a anunciar o processo divórcio e a proibi-lo de regressar à casa de família. “A Bárbara meteu-se com um escroque (…), há um Advogado, o Dr. Pedro Reis…”. Mais. “Isto foi altamente planeado por um grupo de escroques, um Advogado, um grande especialista na Lei do Divórcio, na qual colaborei”, disse naquele dia 2 de abril de 2015.

O tribunal ouviu a perita que o entrevistou, que confirmou que o que estava transcrito era o que tinha sido dito pelo arguido. O advogado, segundo colegas de profissão e a própria filha — que testemunharam a seu favor — sentiu-se “indignadíssimo e revoltado”, temendo o que iriam pensar dele. Pelo que apresentou queixa e pediu uma indemnização de 10 mil euros pelo que sofreu.

Ouvido em tribunal, Manuel Maria Carrilho disse que não se referia ao advogado como “escroque”, como aliás prova “a vírgula” que separa as duas palavras. E fê-lo, nas palavras do juiz Afonso Dinis Nunes, “num discurso muito ponderado e pausado, próprio de quem, de facto, tem um nível intelectual muito acima da média”, que decidiu absolvê-lo dos crimes.

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Carrilho foi já condenado em dois processos, com trânsito em julgado, a três crimes de difamação e um de ameaça. Todos estes processos estão relacionados com familiares de Bárbara Guimarães. Há cerca de mês e meio foi condenado pelo crime de violência doméstica e difamação num processo e no último dia 15 absolvido num outro.

Absolvido e condenado. Comparámos os acórdãos que vêem Carrilho, ora como agressor, ora como vítima