O número de patentes europeias verdes, para as áreas do ambiente, validadas em Portugal atingiu 330 em 2016, um recorde, com o setor da energia em destaque, revela esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística.

Em 2016, “ano com o maior número de validações de patentes europeias verdes em Portugal, o setor da energia destacou-se como a área com mais validações, cerca de 154 (118 em 2015)”, segundo as Estatísticas do Ambiente 2016 divulgadas neste dia. Segue-se a área da agricultura com 103 validações, quando em 2015 tinha 89.

“O número de patentes europeias verdes validadas em Portugal registou, nos últimos dois anos, um forte aumento (de 146 em 2014 para 330 em 2016)”, refere o INE.

Entre 2004 e 2009, o número de validações de patentes europeias verdes reduziu-se em 50,5% e, a partir de 2009, houve uma inversão dessa tendência, tendo-se registado um crescimento médio anual de cerca de 21,2%. Em 2006, “apesar dos resultados diminutos”, o saneamento de águas residuais teve 16 validações, enquanto nos transportes as validações duplicaram (de cinco para 10).

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A nível nacional, o número de pedidos de patentes verdes, por residentes em Portugal, desceu para 18 em 2016, contra 21 um ano antes.

Os 18 pedidos representam 2,2% do total de pedidos para invenções nacionais, “posicionando este ano como o quarto com o indicador mais baixo em termos relativos e o sexto ano com resultados mais altos em termos absolutos”, segundo o INE.

Nos últimos quinze anos foram registadas 283 patentes verdes, tendo-se atingido o valor mais elevado em 2010, quando foram 44.

Através da desagregação do número de pedidos de patentes no ambiente, concluiu-se que, entre 2002 e 2016, a energia e os resíduos registaram sempre pedidos.

No ano passado, Portugal recebeu pedidos em metade das áreas do ambiente e aquela que registou o maior número foi a energia, com 13 casos. Os restantes pedidos distribuíram-se pelas áreas de resíduos, com duas, saneamento das águas residuais e agricultura que em conjunto, contribuíram com três pedidos.

Do total de pedidos de patentes verdes com origem portuguesa, os inventores independentes foram os que apresentaram maior número de pedidos (38,9% do total), seguidos das as universidades (33,3%) e as empresas (27,8%).