O setor da construção português registou em 2016 um volume de negócios no exterior de 4,5 mil milhões de euros, uma queda de 14% face aos 5,2 mil milhões de euros registados no ano anterior, foi divulgado esta quarta-feira pela AECOPS.

De acordo com os Cadernos da Internacionalização da Associação de Empresas de Construção e Obras Publicas e Serviços (AECOPS), “o setor da Construção manteve em 2016 a trajetória descendente iniciada em 2015”.

A carteira de encomendas, no entanto, atingiu os 4,2 mil milhões de euros em 2016, o mesmo valor registado no ano anterior, “se bem que nesta altura a quebra apurada, face a 2014, foi de 26%”, refere a associação.

No ano passado, a atividade internacional das empresas de construção portuguesas continuou centrada nos mercados africanos, “onde, apesar da quebra de atividade (-29%), conseguiram obter metade do seu volume de negócios (2,2 mil milhões de euros), e da América Central e do Sul, onde, pelo contrário, se verificou um aumento da atividade (de 12 pontos percentuais face a 2015) e o volume de negócios conseguido foi de 1,7 mil milhões (mais 27% relativamente a 2015)”.

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No mercado europeu, a presença da construção portuguesa registou uma diminuição (caiu 26% no volume de negócios e 45% na carteira de encomendas).

Em sentido inverso, no Médio Oriente verificou-se um “aumento tanto do volume de negócios (32 milhões de euros) como dos novos contratos celebrados (24 milhões de euros)”.

Uma análise por países mantém Angola em primeiro lugar, com um peso de 26% no volume de negócios obtido no exterior, seguindo-se o México (10%), Moçambique (9%), Brasil e Peru (7% cada), Polónia (5%), Venezuela (4%) e Argélia, Malawi e África do Sul (3% cada).

A AECOPS refere que a atividade internacional da construção europeia decresceu em 2016, com o volume de negócios das construtoras europeias nos mercados externos a cifrar-se em 171,7 mil milhões de euros, menos 5% do que em 2015.

França manteve-se na liderança do mercado internacional, com uma faturação de cerca de 36 mil milhões de euros (21% do total), enquanto Portugal mantém o 11.º lugar no ‘ranking’ por volume de negócios obtido no exterior pelas construtoras europeias.