O governo israelita agradeceu hoje a “verdadeira amizade” que existe entre Israel e a Guatemala, depois de aquele país da América central anunciar a intenção de transferir a sua embaixada de Telavive para Jerusalém.

“Obrigado à Guatemala pela sua importante decisão de transferir a embaixada para Jerusalém! Maravilhosas notícias e verdadeira amizade”, escreveu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Emmanuel Najshon, no Twitter.

A Guatemala foi o primeiro país a declarar a transferência da sua representação diplomática para Jerusalém desde que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu a cidade como capital de Israel, no dia 06, e deu instruções para a mudança da embaixada norte-americana.

Também a República Checa reconhece Jerusalém Ocidental como capital de Israel.

O Presidente de Guatemala, Jimmy Morales, anunciou no domingo que o país vai transferir a embaixada que tem em Telavive para Jerusalém, no seguimento da aliança com os Estados Unidos, que reconheceram esta última cidade como capital de Israel.

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“Querido povo de Guatemala, conversei hoje com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e falámos das excelentes relações que temos tido enquanto nações desde que a Guatemala apoiou a criação do Estado de Israel”, diz Jimmy Morales, numa publicação na rede social Facebook.

A Guatemala é um dos nove países que na semana passada votou ao lado dos Estados Unidos na Assembleia Geral da ONU contra uma resolução não vinculativa que denunciava o reconhecimento de Trump de Jerusalém como capital de Israel.

A resolução foi aprovada por maioria e a ONU declarou a ação norte-americana como “nula e vazia”.

Contra a resolução e a favor dos EUA votaram, além da Guatemala e de Israel, as Honduras, as Islas Marshall, a Micronésia, Nauru, Palau e Togo.

Trump anunciou a 06 de dezembro que os Estados Unidos reconhecem Jerusalém como capital de Israel e que vão transferir a sua embaixada de Telavive para Jerusalém, contrariando a posição da Organização das Nações Unidas (ONU) e dos países europeus, árabes e muçulmanos, assim como a linha diplomática seguida por Washington ao longo de décadas.

A questão de Jerusalém é uma das mais complicadas e delicadas do conflito israelo-palestiniano, um dos mais antigos do mundo.

Israel ocupa Jerusalém oriental desde 1967 e declarou, em 1980, toda a cidade de Jerusalém como a sua capital indivisa.

Os palestinianos querem fazer de Jerusalém oriental a capital de um desejado Estado palestiniano, coexistente em paz com Israel.

Jerusalém é considerada uma cidade santa para cristãos, judeus e muçulmanos.