A McLaren prepara a sua entrada na mobilidade eléctrica, tendo já pronto o seu primeiro protótipo de superdesportivo movido a electricidade. Se bem que, segundo revela fonte oficial, a marca britânica ainda esteja longe de ter um veículo capaz de passar à produção.

Efectivamente, já temos um protótipo de um veículo eléctrico. Sendo que a razão para tal deriva da necessidade de encontrar respostas quanto à forma de envolver o condutor num mundo totalmente eléctrico. No entanto, ainda temos uma longa jornada pela frente, em termos de novos produtos, até chegarmos a essa realidade”, declarou o director de design e engenharia da McLaren, Dan Parry-Williams, à britânica Autocar.

Ainda segundo o mesmo responsável, o maior desafio, neste momento, prende-se com a tecnologia das baterias, uma vez que performance de excepção em pista exige muita energia. O que, acrescenta, faz com que as baterias instaladas num superdesportivo não aguentem mais do que meia hora, quando num circuito.

Devido a esta limitação, um McLaren 100% eléctrico deverá estar, nos tempos mais próximos, fora de questão. Pelo que não será de surpreender que a casa de Woking opte pela hibridização, já a partir da próxima geração de modelos.

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Superdesportivos electrificados são solução intermédia

A McLaren diz acreditar que os veículos de alguma forma electrificados poderão vir a representar 50% das vendas, até 2022, uma vez que deverão conseguir manter as performances de excepção e eficácia, ao mesmo tempo que exibem tecnologia capaz de regenerar a energia de que necessitarão.

À partida, será possível acomodar uma bateria plana, num superdesportivo. Sendo que uma situação hipotética, em que a bateria se esgota e somos obrigados a fazer uma volta mais lenta, para recarregar, parece-me uma solução perfeitamente admissível. Contudo, se não tivermos algum tipo de gerador a bordo e estivermos ao volante de um veículo 100% eléctrico, nem mesmo essa hipótese teremos”, comenta Parry-Williams.

Chiu, é segredo: McLaren já está a fazer um eléctrico

A terminar, recordar apenas que um McLaren 100% eléctrico faz parte da estratégia “Track22” já definida pelo fabricante britânico, a qual posiciona o modelo logo abaixo do superdesportivo topo de gama P1. Sendo também encarado como uma espécie de sucessor do 675 LT, proposta capaz de ir dos 0 aos 100 km/h em menos de 3 segundos. Mas que, avança desde já o mesmo responsável, “não custará um milhão de libras”, ou seja, qualquer coisa como 1,1 milhões de euros.