Um homem barricou-se esta quarta-feira no interior da confeitaria Menshevik, na zona sul de Moscovo, na Rússia, depois de ter disparado contra os trabalhadores, matando o segurança, confirmou a polícia à agência de notícias TASS. A polícia já conseguiu entrar no interior da fábrica, mas não conseguiu dar com o atacante, vendo-se obrigada a alargar a área de buscas.

Yuri Titov, porta-voz do departamento moscovita do Ministério do Interior, disse aos jornalistas no local que está “uma unidade especial” à procura do suspeito, acrescentando que a área é bastante grande. “As forças especiais estão dentro do edifício e está a decorrer uma operação de reconhecimento. Não existem reféns. Não sabemos qual é a localização exata do suspeito”, afirmou, citado pela TASS.

“A polícia já revistou a confeitaria Menshevik e a zona circundante. A área de buscas foi expandida. A operação está em curso”, disse ainda.

A zona foi cercada e as autoridades estão a rebocar todos carros estacionados junto à Menshevik, de acordo com a agência noticiosa Sputnik. Ao contrário do que foi inicialmente avançado — as agências de notícias falavam em, pelo menos três feridos –, Titov garantiu que não “existe informação relativamente a feridos”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Fonte do Ministério da Interior russo disse à Sputnik que o incidente começou por volta das 9h13 (6h13 em Lisboa), depois de o antigo proprietário da confeitaria, localizada no número 20 da rua Ilovaiskaya, Ilya Averyanov, ter entrado armado no interior da fábrica para confrontar o atual dono.

Os dois começaram a discutir e, depois disso, o atacante “pegou numa arma e disparou vários tiros, ferindo um segurança, que morreu”, afirmou Yulia Ivanova, porta-voz do comité de investigação da polícia, à TASS. “Agora está a vaguear pelas instalações armado”, disse ainda a porta-voz, acrescentando que o atacante continua a disparar.

A Russian Business FM conseguiu falar com com Ilya Averyanov que, citado pela Sputnik, explicou que a fábrica lhe foi tirada “usando falsos documentos”. “Esta manhã, cheguei ao trabalho e foi apanhado de surpresa”, disse o atacante, explicando que lhe foi apontada uma arma. Os disparos que fez — e que culminaram na morte do segurança –, garantiu, foram em “legítima defesa”.

“Esta é a história. Se ficar vivo, vou lutar até ao fim”, disse à estação de rádio russa. “Agora estou cercado. As forças especiais cercaram-me. Está tudo bem. Ou me mato ou me rendo.”

Não se sabe quantas pessoas permanecem no interior do edifício. A polícia está a tentar negociar com o antigo dono da Menshevik, que ainda não fez quaisquer exigências, de acordo com a Interfax.