A Brisa Concessão Rodoviária vai atualizar as tarifas da sua rede de portagens no início do próximo ano. A partir de 1 de janeiro de 2018, estas vão sofrer um aumento médio de 1,47%, “valor que tem como referência, conforme legalmente estipulado, a taxa de inflação homóloga — continente sem habitação — de outubro”, informou a empresa esta sexta-feira.

“Nos termos da legislação em vigor, a atualização das taxas de portagem reflete-se em valores múltiplos de cinco cêntimos. Este método de atualização traduz o mecanismo de arredondamento das taxas de portagem para o múltiplo de cinco cêntimos mais próximo, o que implica, em termos práticos, atualizações não homogéneas”, explicou a Brisa.

Por esta razão, existem portagens que vão sofrer um aumento inferior à média de 1,47% ou até nulo. Noutros casos, porém, a atualização será superior a 1,47%. “Para a classe 1, apenas 28 das 93 taxas de portagem serão atualizadas”, referiu a empresa.

De acordo com a Agência Lusa, é nesta classe que se irá registar o maior aumento, com uma subida de 45 cêntimos. No caso da A2, que liga ao Lisboa ao Algarve, e da A6, entre Marateca e Caia, o aumento é de 25 cêntimos. O quarto maior aumento verifica-se na A3, que liga o Porto a Valença, de 20 cêntimos.

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A Brisa informou também esta sexta-feira que, em 2018, prevê investir cerca de 64 milhões de euros na rede de autoestradas. O valor representa um aumento superior a 10% face a 2017. O dinheiro será usado na “realização de obras para melhoria dos níveis de serviço prestado, ao nível da segurança e conforto de quem viaja nas autoestradas”, nomeadamente no alargamento da A4 — Auto-estrada Porto/Amarante, entre Águas Santas (A3/A4) e Ermesinde, e na melhoria do pavimento dos sublanços Leiria-Pombal (A1), Coimbra Norte (A1/A14)-Mealhada (A1) e Almada-Fogueteiro (A2).

Infraestruturas de Portugal aumenta taxas em 32% das portagens

A empresa Infraestruturas de Portugal vai aumentar, também a partir de dia 1 de janeiro, os preços praticados nas portagens em 161 troços de autoestrada, abrangendo o equivalente a 32% da rede, com acréscimos entre cinco a 10 cêntimos. A empresa justificou, em comunicado, que esta variação das tarifas para o próximo ano resulta da “evolução positiva do valor do Índice de Preços ao Consumidor sem Habitação”, que se fixou em 1,42%, segundo dados divulgados em outubro passado. “A variação é maioritariamente de cinco cêntimos e em apenas 12 tarifas esta variação atinge os 10 cêntimos”, precisou ainda.

A revisão anual das taxas de portagem nas autoestradas entra em vigor a 01 de janeiro de 2018, de acordo com o respetivo contrato de concessão, que prevê a atualização com base na variação do índice de preços ao consumidor. De fora ficam 340 troços de autoestrada, ou seja, 68% do total, cujos preços nas portagens não têm aumentos no próximo ano. A título de exemplo, a Infraestruturas de Portugal assinalou que “os preços das taxas de portagem da A21 (Ericeira-Venda do Pinheiro) não irão sofrer qualquer alteração em 2018”.

O método de atualização das portagens inclui um mecanismo de arredondamento das taxas para o múltiplo de cinco cêntimos mais próximo. Ou seja, se os aumentos forem inferiores a 2,5 cêntimos, a portagem manter-se-á inalterada. No entanto, se o aumento for superior a 2,5 cêntimos, há um arredondamento automático para cinco cêntimos.