O Bentayga é o máximo que alguém pode desejar, quando em causa está um SUV potente – e ele pode oferecer até 608 cv, o que lhe permite atingir 301 km/h – e luxuoso. Contudo, o mastodôntico SUV não é leve, anunciando 2.440 kg na versão equipada com o possante motor W12 a gasolina, o que aliado à unidade de 12 cilindros e 6 litros de capacidade, explica que o consumo médio declarado seja de 13,1 litros, segundo a norma NEDC, que facilmente superará os 15 litros no WLTP.

É claro que para os clientes “devoradores” de quilómetros, a Bentley propõe um motor diesel, igualmente imponente, como tudo o que construtor de Crewe produz, mas o 4.0 V8 a gasóleo (com 435 cv e os mesmos 900 Nm do W12) não agrada a todos os clientes da casa. Pelo que o construtor britânico do Grupo VW está a desenvolver duas novas soluções a gasolina para atrair os que querem um SUV de sonho, mas que não deixam de se preocupar com a pegada ambiental que deixam atrás si, cada vez que decidem ir às compras.

A solução passa por montar, em alternativa ao W12, o mesmo 4.0 V8 biturbo que está ao serviço do Porsche Panamera Turbo (onde fornece 550 cv e 770 Nm de força) e do Lamborghini Urus (aqui mais “puxado”, com 650 cv e 850 Nm). Se bem que forneça níveis de potência e de força similares, vai permitir cortar entre 10 e 15% no consumo e outro tanto nas emissões de CO2. Obviamente, o novo V8 vai também reduzir uns milhares de euros aos preços, pois se o W12 impressiona pela sua sofisticação, o seu custo não lhe fica nada atrás em “exuberância”.

Híbrido com um cheirinho a Porsche

Mas a Bentley não se vai ficar por aqui, no que respeita a motores menos poluentes. Com o W12 a figurar como topo de gama a gasolina e o futuro V8 a surgir como versão intermédia, o papel de “baixo de gama” do Bentayga será desempenhado por uma versão híbrida, mais uma vez herdando uma mecânica do grupo, mais precisamente a que equipa o Panamera 4 E-Hybrid.

Associando o motor 2.9 V6 sobrealimentado, de 330 cv, a um motor eléctrico, que poderá ultrapassar os 136 cv do utilizado pela Porsche, o Bentayga vai conseguir anunciar consumos na ordem dos 3,0 litros, nos primeiros 100 km, mas médias bem inferiores aos 10 litros a partir daí. E, em matérias de acelerações, o Bentley não vai perder tanto quanto se possa pensar, pois a mecânica híbrida vai disponibilizar um valor próximo dos 500 cv e mais de 700 Nm, valores que no Panamera híbrido (que pesa 2.265 kg, menos 200 que o Bentley) são suficientes para o empurrar até aos 275 km/h, depois de passar pelos 100 km/h em somente 4,6 segundos.

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