O processo do Dieselgate continua, tanto no que respeita ao apuramento das responsabilidades e no julgamento dos culpados, como no que toca ao recondicionamento dos veículos com o software malicioso, operação que continua a implicar custos anuais na casa dos vários milhares de milhões. Mas a crise em termos de vendas está sanada, com a Volkswagen a recuperar a confiança dos clientes, que adquiriram em 2017 o maior número de veículos da história da marca.

Golf, Polo, Jetta e Passat continuam a ser os modelos mais populares e com maior número de vendas, mas os Tiguan e Tiguan Allspace, bem como o Atlas, o Arteon e até o muito recente T-Roc, produzido em Portugal, deram um contributo importante para o incremento do sucesso comercial do fabricante alemão na Europa e nos EUA. Na China, o maior mercado do mundo, se todos estes modelos atraíram novos clientes, o maior sucesso fica a dever-se ao Santana, veículo específico para aquele país, onde é produzido numa série de versões distintas.

Para a Volkswagen, que afirma ter comercializado mais de 150 milhões de veículos desde que lançou o Carocha há 72 anos, os próximos tempos vão testemunhar grandes alterações, pois a aposta nos SUV é total e marca promete lançar mais 19 modelos nos próximos três anos.

Como se isto não bastasse, o fabricante alemão irá iniciar dentro de dois anos a produção da sua gama de veículos eléctricos a bateria, denominada I.D., que entre 2019 e 2021 vai incluir o I.D. com as dimensões exteriores do Golf, mas o espaço interior do Passat; o I.D. Crozz (um SUV com ar de coupé maior do que o Tiguan) e o I.D. Buzz; o sucessor do célebre Pão de Forma, que se apresentará como veículos multiusos. E a marca germânica pretende vender 1 milhão de unidades de eléctricos até meados da próxima década.

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