O antigo presidente do governo da Catalunha, Carles Puigdemont, pediu esta segunda-feira que sejam libertados “sem mais demoras” os antigos conselheiros e líderes das entidades independentistas que estão presos, voltando a classificá-los como presos políticos.

“Quero começar 2018 lembrando que em Espanha há presos políticos por defenderem as suas ideias. É altura que saiam em liberdade, sem mais demoras”, escreve Puigdemont na sua conta da rede social Twitter, citado pela agência espanhola EFE.

O antigo líder do governo da Catalunha lembra que esta segunda-feira se cumprem três meses desde o referendo sobre a independência realizado a 1 de outubro, que foi suspenso pelo Tribunal Constitucional.

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“Hoje, três meses depois de 1 de outubro, agradeço de novo a valentia de tantos para tornar realidade o sonho da República da Catalunha”, escreveu Puigdemont, que está na Bélgica após ter fugido à justiça espanhola.

O antigo dirigente foi destituído na sequência da aplicação do artigo 155.º da Constituição que suspendeu a autonomia política da região.

O Governo de Madrid aplicou o 155.º — destituindo o Presidente e o restante governo regional da Catalunha, e dissolveu o parlamento regional — na sequência de uma declaração unilateral de independência por parte dos deputados independentistas catalães, apoiados pelo executivo regional (a Generalitat, liderada pelo próprio Puigdemont).