A bolsa nova-iorquina encerrou esta terça-feira em alta, com os índices Nasdaq e S&P500 a começarem o ano a fixar novos máximos históricos.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Nasdaq valorizou 1,50% (103,51 pontos), fechando pela primeira vez acima dos sete mil pontos, nos 7.006,90. Também o S&P500 alcançou um valor inédito, ao progredir 0,83% (22,18), para as 2.695,79 unidades.

Sem fixar nenhum recorde, o Dow Jones Industrial Average avançou 0,42% (104,79), para os 24.824,01 pontos.

“Tradicionalmente, o início do mês de janeiro assiste à chegada de dinheiro fresco ao mercado. Desta vez, aproveitou ao setor tecnológico”, comentou Quincy Krosby, da Prudential.

Os títulos da tecnologia dominaram a primeira sessão bolsista do ano, com, por exemplo, a Facebook a ganhar 2,81%, a Amazon 1,67%), a Alphabet (casa-mãe da Google) 1,78% e a Twitter 2,08%.

“Depois da aprovação da reforma fiscal de Donald Trump, este setor tinha sido marginalizado, em proveito dos bancos e da indústria, suscetíveis de beneficiarem mais com as reduções fiscais”, especificou Krosby, acrescentando que os problemas da Apple no final do ano passado tinham também afetado as cotações.

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Também no final do ano passado, “os investidores recearam (que os valores) descessem, depois de uma progressão muito elevada durante o ano”, indicou Tom Cahill, da Ventura Wealth Management, com os temores a materializarem-se com um recuo do Nasdaq na última semana de 2017.

Porém, os valores tecnológicos prosseguiram a sua ascensão, depois de um ano de 2017 em que apresentaram a maior valorização setorial entre os vários subíndices que integram o S&P500, com 36,9%.

A energia também fez parte dos vencedores do dia, com este subíndice do S&P500 a ganhar 1,79%.

“Está ligado às violências no Irão, mas mais em geral à expectativa de dividendos das grandes empresas, que já anunciaram a sua vontade na matéria, depois da subida das cotações do petróleo”, estimou Krosby.

A bolsa nova-iorquina continuou entretanto a beneficiar de um recuo do dólar, que se encontra no mínimo de três meses face a um cabaz de outras divisas, o que favorece as grandes empresas exportadoras dos EUA.