O alarme tocou na sede da polícia de Veneza às 10h00 desta quarta-feira, dia 3 de janeiro — o último da exposição “Tesouros dos Mogóis e dos Marajás”, patente no Palácio Ducal daquela cidade italiana, desde 9 de setembro de 2017. Terá sido antes dessa hora, confirmaram depois as imagens captadas pelas câmaras de segurança, que duas pessoas se aproximaram de uma das vitrines em que estavam expostas mais de 270 joias e pedras preciosas da coleção Al Thani, da família real do Qatar, e roubaram um par de brincos e uma pregadeira de origem indiana.

De acordo com as autoridades locais, citadas pela imprensa italiana, o valor declarado pelas joias — criadas entre os séculos XVI e XX — à entrada no país, foi de 30 mil euros, mas a sua cotação real rondará “vários milhões de euros”.

“Os especialistas da polícia de Roma foram chamados imediatamente para ajudar a deslindar o roubo. É essencial perceber o que não funcionou e por que motivo uma vitrine foi aberta como se fosse uma caixa enquanto o alarme, se funcionou, soou com atraso”, disse ao Corriere del Veneto o comissário Vito Gagliardi. O polícia explicou também que as fotografias das joias roubadas — que ao contrário do colar Cartier de rubis — não faziam parte dos destaques da coleção do xeque Tamim bin Hamad al-Thani , já foram enviadas para Londres, para que se possa proceder à “identificação correta e quantificação exata do valor”.

Depois de o alarme de roubo ter soado, os visitantes que se encontravam na exposição foram retidos e interrogados pela polícia. Já os ladrões, mostraram as câmaras, escaparam com as joias nos bolsos e diluíram-se na multidão da Praça de São Pedro. “É cedo para falar em autores italianos ou estrangeiros, ainda estamos a ver as imagens das câmaras de videovigilância”, explicou outra fonte da polícia ao Corriere del Veneto.

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