Os bombardeamentos feitos nas últimas 24 horas no oeste do Iémen pela coligação árabe, liderada pela Arábia Saudita, provocaram pelo menos 46 mortos, entre eles 11 civis, indicaram esta quinta-feira fontes médicas, citadas pela agência noticiosa espanhola EFE.

A aliança de países sunitas atacou várias posições dos rebeldes xiitas ‘houtis’ na província de Al Hudeida, matando 35 guerrilheiros e ferindo dezenas de outros, acrescentaram as mesmas fontes.

Além disso, 11 civis perderam a vida e oito outros ficaram feridos na noite de quarta-feira quando os aviões da coligação bombardearam um local onde se encontrava um grupo de rebeldes junto a um restaurante na cidade de Zubid, a sudeste do porto de Al Hudeida, referiram fontes médicas locais.

Al Hudeida é um importante porto no Mar Vermelho e é controlado pelos xiitas ‘houtis’, que são acusados de receber armamento por mar desde o Irão.

O Iémen está a braços com uma guerra civil que opõe as forças leais ao presidente Abdo Rabu Mansur Gahdi, exilado em Riade, e os rebeldes ‘houtis’, que controlam regiões do norte e oeste do país, bem como a capital, Sana.

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A 30 de dezembro último, pelo menos 20 civis e rebeldes ‘houtis’ morreram na sequência de mais um bombardeamento da coligação militar liderada pela Arábia Saudita na província de Al Hudeida, na região oeste do Iémen.

A coligação árabe liderada pela Arábia Saudita iniciou uma intervenção armada no Iémen em março de 2015, com o objetivo de travar o avanço dos ‘houtis’, apoiados pelo Irão.

A guerra no Iémen já causou mais de 8.750 mortos, muitos dos quais civis, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo a ONU, o Iémen constitui a “pior crise humanitária do Mundo”.