A Força Aérea propôs ao governo aumentar o efetivo em cerca de 200 novos militares, de forma gradual, para dar resposta às novas missões, em particular no combate a incêndios, disse esta sexta-feira o general Manuel Rolo.

Nós temos de começar a incorporar o pessoal para o treinar e para o qualificar. Os números, em concreto, nós propusemos um aumento de 200 efetivos no total das diferentes especialidades para poder, de forma crescente, aumentar essa capacidade”, disse à Lusa o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Manuel Rolo.

À margem da cerimónia de entrega do brevet a nove novos pilotos-aviadores da FAP, que decorreu na Base Aérea n.º1, Sintra, o general Manuel Rolo acrescentou que o objetivo é aumentar o número de militares ao quadro, atualmente em menos de seis mil.

A Força Aérea não participa este ano no combate direto a incêndios, mas sim na “gestão centralizada” e comando e controlo das operações, segundo esclareceu em novembro o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Teremos de facto aqui um período em que não seremos de imediato nós a executar essa missão, mas temos de saber crescer para a poder executar no momento em que nos for totalmente atribuída”, advertiu o CEMGFA. O general acrescentou que a proposta que foi feita ao ministério da Defesa Nacional pretende “aumentar os números particularmente no quadro permanente”.

Porque aí temos praticamente a garantia de que os números que forem postos à disposição para ingresso poderão ser preenchidos porque as pessoas têm aí uma perspetiva de carreira o que é diferente do que diz respeito aos praças”, disse.

Segundo o relatório de gestão de 2016, a FAP contava com 6.646 efetivos militares e civis, número que desceu para 5.952 militares em 2017.

Manuel Rolo admitiu que o número de militares incorporados em 2017 ficou abaixo dos objetivos, em particular no que respeita aos praças, o que é, disse, um “fenómeno transversal a todos os ramos”. O recrutamento em 2017, para os regimes de voluntariado e de contrato, ficou cerca de 20% abaixo do que se registou em 2016, confirmou.