A produção de energia da Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), centro de Moçambique, caiu 11,53% no ano passado, em comparação com 2016, devido à seca, divulgou esta sexta-feira a empresa.

Em comunicado enviado à Lusa, a HCB diz que, apesar da redução do volume de produção em termos homólogos, a quantidade de energia gerada em 2017 superou em 6,76% a meta fixada para esse ano, ultrapassando os 13,7 mil megawatts.

Esta situação de seca, evento extremo com um período de retorno de 25 anos, que tem afetado a região, fez com que o ano de 2017 se iniciasse com um nível de armazenamento historicamente baixo, pois a cota situava-se a 312.22 metros, cerca de oito metros abaixo do normal”, lê-se na nota de imprensa.

O comunicado adianta que a gestão da albufeira tem sido criteriosa, procurando um compromisso entre níveis de geração e a necessidade de recuperação dos níveis normais de armazenamento, que resultou num aumento da cota na albufeira, para 317,69 metros no início do ano de 2018.

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Esse patamar, prossegue o texto, é melhor do que o do ano passado, mas ainda assim é cerca de oito metros abaixo do nível desejável. Para 2018, a meta de produção energética é de 13,4 mil megawatts, num ano em que a HCB inicia o novo Plano Estratégico 2018-2022.

O Plano Estratégico da HCB prevê um investimento plurianual de cerca de 500 milhões de euros (414,8 milhões de euros) durante os próximos 10 anos.

Trata-se de um instrumento elaborado com base numa avaliação de risco operacional e compreende um conjunto de projetos em áreas críticas do negócio, cujo objetivo é o aumento da capacidade de fornecimento de energia fiável e sustentável, a um custo competitivo nos mercados nacional e regional”, refere o comunicado.