Um observatório sírio indicou este sábado que pelo menos 17 civis morreram e dezenas ficaram feridos em resultado de bombardeamentos e fogo de artilharia das forças governamentais na zona de Guta Oriental, controlada pelos rebeldes.

Entre os mortos estão duas crianças e três mulheres, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, que não descartou um aumento das vítimas mortais, pois, além dos vários feridos graves, há numerosos desaparecidos sob os escombros.

Os bombardeamentos levados a cabo por aviões militares sírios causaram pelo menos doze mortos na localidade de Hamuria, onde também se registaram vários feridos, referiu a organização não-governamental. Na povoação de Arbin, pelo menos três pessoas morreram, enquanto em Midera foram contabilizados dois mortos e seis feridos. Em Misraba, localidade sob controlo do grupo Exército do Islão, registaram-se 15 feridos, entre eles vários menores e mulheres, num bombardeamento.

Outros dez civis ficaram feridos em lançamentos de mísseis terra-terra em Harasta. Desde 29 de dezembro que a zona de Guta Oriental, perto da capital síria, Damasco, é palco de uma ofensiva das forças leais ao Presidente Bachar al-Assad, contra fações islamitas e rebeldes.

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De acordo com o mais recente balanço do Observatório, quase uma centena de civis morreram em bombardeamentos e fogo de artilharia desde o início da operação. Vivem cerca de 400 mil pessoas na zona de Guta Oriental, último bastião dos grupos insurgentes, sob bombardeamentos constantes e com graves penúrias alimentares e médicas.

Após a proclamação de um califado em vastos territórios na Síria e no Iraque, os fundamentalistas do Estado Islâmico estão agora encurralados nos seus últimos redutos.

Último bastião da rebelião, Guta Oriental – sob bombardeamentos constantes e com graves penúrias alimentares e médicas — é uma das quatro “zonas de distensão” definidas em maio por Rússia e Irão, aliados do regime sírio, e pela Turquia, apoiante das forças rebeldes.

O objetivo era tentar alcançar uma trégua duradoura na Síria, devastada, desde 2011, por uma guerra destruidora que matou mais de 340 mil pessoas. Pelo menos 1.939 pessoas, incluindo 700 civis, morreram na Síria, só no mês de dezembro.