Duas pessoas ficaram feridas na sequência de uma explosão numa estação do metro de Estocolmo, Suécia. De acordo com os meios de comunicação locais, as duas vítimas de 45 e 60 anos, foram encaminhadas para o hospital. A polícia já afastou o cenário de ataque terrorista.
Uma das vítimas acabou por morrer já no hospital, adianta a agência de notícias TT. O homem de 60 anos ficou ferido com gravidade quando tentava apanhar um objeto do chão na estação de Vårby Gård. Ao mexer no objeto, deu-se a explosão, que acabaria por ferir também uma mulher, de 45 anos, contou à polícia uma das testemunhas no local. A estação foi encerrada pela polícia enquanto decorreram as investigações, mas a polícia descarta a hipótese da vítima ter sido visada por algum ataque.
“Havia qualquer coisa no chão que o homem apanhou e depois explodiu”, contou à agência de notícias TT Sven-Erik Olsson, da polícia de Estocolmo. De acordo com o jornal Aftonbladet, o objeto tratar-se-ia de uma granada de mão, mas a informação ainda não foi confirmada oficialmente.
Inicialmente, admitia-se a possibilidade de a explosão ter ligações terroristas, mas a polícia já afastou essa possibilidade. No final de 2017, alguns meios de comunicação davam conta de que o Governo sueco estaria a preparar uma amnista temporária — a aplicar entre outubro de 2018 e janeiro e 2019 — para acabar com a circulação de granadas nas ruas do país.
“Com as amnistias anteriores, alguns milhares de armas foram entregues, mas não temos qualquer experiência deste género”, disse o ministro sueco da Justiça, Morgan Johansson, referindo-se à ideia de alargar esse modelo às granadas. “Esta é a primeira vez” que se pondera abranger este tipo de armamentos.
As granadas, explicou o governante em novembro de 2017, “estão ligadas a gangues que, de um modo geral, conseguiram aumentar o seu acesso a armamento que usam uns contra os outros e contra o sistema judicial”. Johansson assumia então o objetivo: “Temos de tirá-las das nossas ruas.”
Apesar de não haver uma relação entre a explosão deste domingo e qualquer ação terrorista, a memória recente da Suécia fez disparar alarmes devido aos ataques dos últimos anos. No final de 2016, na cidade de Malmo, um carro passou a alta velocidade por um campo onde se disputava um jogo de futebol, disparando uma arma automática que feriu quatro pessoas, uma das quais na cabeça. Momentos mais tarde, ouviu-se uma explosão perto daquele local, que as autoridades associaram aos primeiros disparos.
Mais recentemente, um homem natural do Uzbequistão lançou um camião contra um multidão, em plena Estocolmo, matando quatro pessoas e ferindo outras quinze. Foi em abril de 2017 e o homem, de 39 anos, acabou detido pela polícia. Tinha ligações a organizações terroristas online. “A Suécia é forte mesmo numa situação difícil”, reagiu o primeiro-ministro Stefan Löfven.
E, já em outubro, uma nova explosão à porta de uma esquadra da polícia próxima de Malmo — que não provocou feridos, apenas danos significativos na estrutura do edifício — levou o responsável da polícia sueca, Dan Eliasson, a defini-la como “um ataque contra a sociedade”. Nesse caso, não foram apontadas relações com grupos terroristas.