Um petroleiro iraniano está em risco de explodir e afundar no mar da China Oriental após ter chocado com uma embarcação chinesa no passado sábado. Um corpo foi encontrado, avança a CNN.

Há receio de que o acidente se possa transformar num desastre ambiental devido ao petróleo que derrama da embarcação há dois dias, escreve a BBC.

A embarcação, que transportava 136 mil toneladas de petróleo iraniano, ainda estava a arder esta segunda-feira e a tripulação, constituída por 30 iranianos e dois bangladeshianos, está desaparecida. Equipas de resgate chinesas, com a ajuda da Coreia do Sul e da marinha norte-americana, têm tentado chegar ao local, mas os seus esforços têm sido frustrados devido às nuvens tóxicas que emanam do incêndio, o qual não conseguem extinguir. Contudo, conseguiram resgatar os 21 tripulantes que seguiam a bordo do cargueiro chinês contra o qual o petroleiro colidiu a 296 quilómetros da costa chinesa, perto de Xangai.

Segundo a agência Reuters, ainda não se conhece a extensão do derrame. No entanto, este pode potencialmente tornar-se no pior desastre desde 1991, quando 260 mil toneladas derramaram na costa angolana. O petroleiro, Sanchi, transportava um tipo de petróleo ultra-leve conhecido como condensado, cujas propriedades podem tornar um derrame ainda mais perigoso do que seria com petróleo normal.

O condensado tem pouca densidade, é altamente tóxico e altamente explosivo. Enquanto está líquido é incolor e praticamente inodoro, tornando a sua deteção e contenção bastante mais complicada. Em determinadas condições de temperatura e pressão o condensado pode evaporar-se, podendo também diluir-se na água quando é exposto à atmosfera ou derrama de forma não controlada.

O Sanchi, que seguia rumo à Coreia do Sul, transportava o equivalente a um milhão de barris, cerca de 60 milhões de dólares em crude.

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