Theresa May está a preparar uma remodelação profunda no seu gabinete que poderá levar à substituição de um quarto do Governo. A imprensa britânica diz que a primeira-ministra vai aproveitar para relançar a sua autoridade no Partido Conservador, abalada pela perda da maioria absoluta nas eleições de junho passado.

Entre as “vítimas” apontadas nesta mudança, estão Justine Greening, ministra da Educação, e Jeremy Hunt, com a pasta da saúde. Já entre os nomes que devem ficar com May, são indicados Philip Hammond, ministro do Estado e Finanças (chancellor), Amber Rudd, a ministra da Administração Interna, Boris Johnson, ministro dos Negócios Estrangeiros, e David Davis que tem a seu cargo a pasta do Brexit.

May chegou a admitir numa entrevista em outubro o cenário de afastar o muito criticado Johnson, o ex-mayor de Londres que fez campanha pelo no Partido Conservador. Mas Boris Jonhson já deixou claro que não aceitaria ser relegado para um papel secundário, pelo que a sua substituição terá caído, de acordo com o jornal The Guardian.

O pretexto imediato para esta remodelação foi a saída forçada de Damian Green antes do Natal. O seu vice-primeiro-ministro viu-se envolvido num escândalo sexual quando se soube que mentiu a propósito de uma investigação policial ocorrida em 2008 e que encontrou pornografia num seu computador.

A BBC diz que as mudanças no gabinete vão começar a ser anunciadas esta segunda-feira, mas vão prosseguir amanhã, sendo um dos objetivos de May trazer mais mulheres para a sua equipa que atualmente são apenas seis num total de 23. A primeira-ministra tem também de conseguir um equilíbrio entre os entusiastas e os céticos do Brexit.

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