As exportações de bens abrandaram em novembro, mas continuaram a crescer a um ritmo superior a 10%, com o mercado europeu a continuar a compensar as quedas para alguns mercados, como voltou a ser o caso de Angola, de acordo com os dados publicados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Abrandamento das importações permite que o agravamento do défice comercial seja residual.

Espanha, França e Alemanha – os três principais mercados para as exportações portuguesas – foi para onde se verificaram os maiores aumentos de exportações portuguesas (10,4%, 18,9% e 17,9%, respetivamente).

Em sentido contrário, estiveram novamente Angola, para as onde as exportações portuguesas continuam a enfrentar dificuldades. Segundo o INE, as exportações portuguesas para Angola estavam a cair 17,5% em novembro, quando comparado com novembro de 2016. Se as contas forem feitas aos últimos três meses até novembro, o resultado continua a ser negativo, com uma queda de 5,8%, apesar de alguns meses de recuperação face às quedas sucessivas que se verificaram no passado recente.

Por outro lado, se as exportações abrandaram ligeiramente, o ritmo de crescimento das importações caiu significativamente. Em outubro as importações estavam a crescer 21,1% face ao mesmo mês de 2016. Em novembro o aumento das exportações caiu para 10,4%. Os números mensais mostram que houve mesmo uma queda nas importações entre outubro e novembro.

As exportações para Marrocos e Angola registaram quebras de 22,9% e 17,5%, respetivamente, em novembro do ano passado face ao mês homólogo de 2016, enquanto as importações que mais diminuíram foram do Reino Unido e China, revela o INE. Esta queda permitiu que o défice da balança comercial, ainda que tenha sofrido um agravamento, aumentasse de forma residual: apenas 17 milhões de euros.

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